Jogada10
·21 April 2025
Advogado de Bruno Henrique quebra silêncio sobre o caso: ‘Mensagens fora de contexto’

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Durante a última semana, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique, do Flamengo, por supostamente ter forçado um cartão amarelo em jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023 e, assim, ter beneficiado apostadores. Nesse sentido, em reportagem do Fantástico, da TV Globo, o advogado de defesa do caso, Ricardo Pieri Nunes, ressaltou que as conversas de Whatsapp presentes no relatório estão fora de contexto.
“O atleta Bruno Henrique é conhecido e respeitado por sua simplicidade e comprometimento com o esporte. Nunca esteve envolvido em esquemas de apostas. Pelo contrário, acredita que o negócio de apostas deveria sofrer cada vez mais restrições pelas autoridades”, disse.
“As distorções que estão sendo causadas pela interpretação e divulgação indevida de mensagens privadas, fora de contexto, serão esclarecidas no curso do processo. O atleta confia que o Poder Judiciário oportunamente corrigirá a injustiça que está sendo cometida”, completou.
A acusação imputa ao atleta os crimes de fraude em competição esportiva — com base na Lei Geral do Esporte —, que pode levar a até seis anos de prisão, e estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos. Na esfera esportiva, a pena pode chegar a dois anos de suspensão e até banimento do futebol.
Vale lembrar que o profissional trabalhou com o Flamengo no caso da tragédia do Ninho, em que 10 atletas da base morreram em um incêndio no alojamento do clube. Ele também defendeu o atacante em 2020. Na época, a Justiça acusou o atleta de ter falsificado a habilitação.
Dois anos depois, Bruno Henrique chegou a um acordo NPP (Não Persecução Penal) com a Justiça. Dessa forma, ele efetuou o pagamento de uma multa de R$ 100 mil e transferiu valores a quatro organizações sem fins lucrativos.
“O atleta Bruno Henrique é conhecido e respeitado por sua simplicidade e comprometimento com o esporte. Nunca esteve envolvido em esquemas de apostas. Pelo contrário, acredita que o negócio de apostas deveria sofrer cada vez mais restrições pelas autoridades.
As distorções que estão sendo causadas pela interpretação e divulgação indevida de mensagens privadas, fora de contexto, serão esclarecidas no curso do processo.
O atleta confia que o Poder Judiciário oportunamente corrigirá a injustiça que está sendo cometida.”
O relatório da investigação conta com 84 páginas e foi entregue à Justiça na última semana. Assim, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) informou que deve apresentar a denúncia formal, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, contra o atleta até o fim de abril ou início de maio. Caberá à Justiça decidir se aceita a acusação e transforma o jogador em réu.
A PF também indiciou o irmão do atleta, Wander, a cunhada Ludmylla Araújo Lima, a prima de BH, Poliana Ester Nunes Cardoso. Outros seis amigos próximos do irmão também estão sob investigação: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.
Por fim, o Flamengo informou, por meio de nota, que ainda não recebeu notificação oficial das autoridades e reforçou a defesa da presunção de inocência.