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·20 Juni 2025

Ainda é tempo de Botafogo, do Rio a Paris

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O Botafogo viveu uma noite para sempre. Para mostrar que ainda é tempo de Botafogo. No palco em que o Brasil foi campeão do Mundo em 1994, recuperando o que de melhor nosso futebol de clubes fez contra os europeus nos últimos anos, lavando a alma de quem tanto precisava de uma vitória dessas, o Glorioso segurou o Paris Saint-Germain e contou com Igor Jesus para vencer por 1 a 0 e assumir a liderança do grupo B do Mundial de Clubes.

O Glorioso chegou a seis pontos, deixando PSG e Atlético de Madrid com três. O Bota só não avança se o PSG bater o Seattle na última rodada e o Atlético vencer por três gols de diferença. Um empate faz os cariocas avançarem em primeiro.


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Um clássico América do Sul x Europa desde século

O jogo lembrou dos velhos duelos entre brasileiros e europeus. Muito diferente de Palmeiras x Porto, Fluminense x Dortmund, ou do que vai ser Flamengo x Chelsea. Porque foi o duelo contra o melhor europeu do momento, no ápice, embora em fim de temporada (mas isso é apenas uma desculpa, como não era do outro lado, não é mesmo?).

O Botafogo encarou o PSG como o Internacional, de Abel Braga, encarou o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Vitinho foi uma espécie de Ceará nesse jogo: teve pela frente um atacante inventivo, com repertório, em grande fase, que vale milhões e milhões. Não foi perfeito, mas foi próximo disso. Mereceu aplausos pela dedicação contra Kvaratskhelia.

John não precisou ser um Rogério Ceni contra o Liverpool, pelo menos não no primeiro tempo. Mas Allan foi tão combativo na marcação como Mineiro: a opção de Renato Paiva por colocar o volante ex-Napoli na equipe foi acertada. Espelhou o 4-3-3 do rival e conseguiu anular a superioridade numérica da equipe de Luis Enrique no corredor central. Vitinha teve pouca participação no jogo.

Mas Allan não foi Mineiro no momento decisivo do jogo. Mas o Bota teve um artilheiro decisivo como Paolo Guerrero contra o Chelsea. Igor Jesus fez mais uma partida impecável: segurou a bola quando o time precisou, lutou contra Pacho, Beraldo e companhia e decidiu...

Quando Marlon Freitas clareou o jogo no meio-campo e achou Savarino, Igor Jesus correu como Mineiro em 2005, ou Gabiru em 2006. Recebeu do venezuelano no meio dos zagueiros, se livrou da marcação e bateu rasteiro. Depois correu para o abraço. Um abraço inesquecível. O Alvinegro mostrou ao PSG que ainda é tempo de Botafogo...

Último ato: resistência

O segundo tempo foi resistência. O Botafogo precisou segurar a forte pressão do campeão da europa. Que causou arrepios no torcedor alvinegro quando Vitinha cobrou falta e Gonçalo Ramos conseguiu desvio na frente de John. O goleiro mostrou reflexo para espalmar.

Um detalhe tático que fez toda a diferença no confronto, e que seguiu fazendo no segundo tempo: quando o PSG avançava ao último terço, Artur e Savarino não recuavam em 4-5-1, mas ficavam mais na frente com Igor Jesus em 4-3-3 para fechar linhas de passe no corredor central. Assim, Renato Paiva anulou Vitinha.

Luis Enrique foi obrigado a chamar a "cavalaria". Nuno Mendes entrou no lugar de Lucas Hernandez, que pouco avançou ao último terço. Barcola entrou na ponta, e Kvara foi para o outro lado. Os parisienses subiram o tom da pressão.

Só que foi difícil passar por Jair e também Alexander Barboza. Foi uma partida perfeita dos zagueiros botafoguenses. E continuou sendo de Allan. Quando Montoro e Santi Rodríguez entraram em outra sintonia, Hakimi conseguiu avançar mais pela direita, mas o Glorioso conseguiu fechar bem a área.

Os minutos finais foram de prender a respiração para os torcedores botafoguenses. Mas se Muricy Ramalho, Abel Braga e Tite tiveram um plano, Renato Paiva também teve. E contou com 11 guerreiros em campo para vencer o campeão da Europa. Ainda é tempo de Botafogo. Do Rio a Paris...

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