Análise: São Paulo joga bem, mas é castigado por erros individuais contra a LDU | OneFootball

Marcelo Baseggio

O São Paulo se complicou nas quartas de final da Copa Libertadores ao ser derrotado por 2 a 0 pela LDU, nesta quinta-feira, em Quito, no Equador, pelo jogo de ida da eliminatória. O Tricolor teve uma boa postura ao longo dos 90 minutos, foi superior aos donos da casa em vários momentos da partida, mas acabou sendo castigado por não converter as oportunidades criadas em gol.

A eficiência que faltou aos comandados do técnico Hernán Crespo sobrou para a equipe da LDU. Os donos da casa tiveram poucas chances de ameaçar a meta defendida pelo goleiro Rafael, mas quando chegaram, foram letais.

Curiosamente, ambos os gols da LDU foram frutos de falhas individuais do São Paulo. No primeiro, Cédric Soares não acompanhou Bryan Ramírez, que saiu cara a cara com Rafael e completou o passe por elevação sem deixar a bola cair no chão, vendo a bola beijar a trave antes de morrer no fundo das redes. Já o segundo aconteceu graças ao passe “na fogueira” de Ferraresi para Pablo Maia, que acabou desarmado, e Estrada ficou coma sobra para ampliar.

Outra curiosidade é que os gols da LDU aconteceram justamente quando o São Paulo dominava de forma considerável o adversário. O Tricolor, no entanto, teve muitas dificuldades para encontrar espaços na defesa rival, e quando achava, pecava na conclusão das jogadas.

O São Paulo teve mais posse de bola, mas só foi ter a profundidade que precisava no segundo tempo, com a entrada de Ferreirinha, teve mais chutes a gol, mais escanteios e menos faltas cometidas. Não é exagero dizer que o placar desta quinta-feira não ilustra o que foi o jogo.

Fato é que no futebol não há justiça, e o São Paulo precisará aprender com as falhas cometidas na altitude de mais de 2800m de Quito. O resultado é reversível, sobretudo pelo fato de a equipe jogar no Morumbis lotado na próxima quinta-feira, porém, para se classificar à semifinal da Libertadores, os comandados do técnico Hernán Crespo precisarão ser muito mais eficientes do que tentaram ser no Equador.

A lição que ficou após o duelo com a LDU foi de que a Libertadores não perdoa. Erros custam caro, é preciso ser o mais eficiente possível. Em um mata-mata, nem sempre o melhor time irá avançar de fase. Se trata muito mais de saber aproveitar as chances do que ter volume de jogo.