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·8 Oktober 2025

Atletas do Avaí Kindermann têm três meses de salários atrasados

Gambar artikel:Atletas do Avaí Kindermann têm três meses de salários atrasados

Atletas e outros colaboradores da equipe feminina do Avaí Kindermann estão com mais de três meses de salários atrasados. Embora o clube tenha quitado um mês de pagamentos em débito do elenco masculino e de funcionários que trabalham na sede em Florianópolis na última quarta-feira, o mesmo não ocorreu em Caçador e, até então, não há previsão.

Segundo fontes internas, os pagamentos dos salários das atletas em 2025 foram realizados quase todos (com exceção do mês de março) em atraso e de forma parcelada. O último pagamento ocorreu em agosto, relacionado ao mês de junho, após as atletas se recusarem a entrar em campo na partida contra o Palmeiras, pela 3ª fase da Copa do Brasil Feminina. Em setembro, a equipe também ficou uma semana de greve sem treinar em decorrência desses atrasos, porém, sem sucesso.


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Enquanto as atletas estão com três meses de salários atrasados, a comissão técnica não recebe há quatro meses, e os fornecedores e prestadores de serviço não recebem há seis meses. Como consequência, 11 atletas e quatro membros da comissão técnica deixaram o clube, incluindo o preparador físico. O elenco atualmente conta com 16 atletas e apenas três pessoas na comissão (a treinadora Karine, a fisioterapeuta Fabiana e o preparador de goleiros Jair).

Além disso, duas atletas estão esperando para realizar cirurgia em lesão de ligamento cruzado anterior do joelho (LCA), uma delas desde o mês de abril.

As jogadoras publicaram uma nota de repúdio nesse final de semana, informando a situação da modalidade na equipe e exigindo tanto o pagamento dos salários atrasados como a transparência do clube diante do caso. Uma nova folha salarial vence no próximo dia 10 de outubro.

A situação de salários atrasados que estamos enfrentando é inaceitável e reflete um descaso histórico com a modalidade que não pode mais ser tolerado.

Confira a nota completa a seguir:

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Nota de repúdio publicada pelas atletas do Avaí Kindermann.

Créditos: Carol Bernardi.

Uma das atletas nos disse que a situação é desesperadora e que a equipe não tem condições psicológicas para continuar treinando e disputando partidas até que o cenário se regularize. Segundo ela, as profissionais sempre abraçaram a ideia e querem fazer parte da história do clube, mas a falta de transparência relacionada a esses pagamentos é uma variável que as desanima. Um dos membros da comissão técnica chegou a utilizar o próprio dinheiro para comprar itens de higiene pessoal para as atletas, devido aos atrasos financeiros.

É importante salientar que as atletas possuem contrato de prestadoras de serviço apenas, o que não garante os direitos concedidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). No Brasil, a modalidade feminina não exige a anotação em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), ficando a cargo dos clubes a concessão desses benefícios.

O clube

O Avaí Kindermann encerrou sua participação no Brasileirão Feminino A2 na 7ª posição em seu grupo, sem classificações para a fase seguinte do torneio, foi eliminado pelo Palmeiras na 3ª fase da Copa do Brasil e está nas fases finais do Campeonato Catarinense. No torneio estadual, o Leão da Ilha venceu as seis partidas da primeira fase, marcando 46 gols e não sofrendo nenhum, e venceu o Marcílio Dias por 1 a 0 no jogo de ida da semifinal.

Com tradição no futebol feminino brasileiro, a equipe entrou na modalidade em 1996, tendo conquistado 15 títulos do Campeonato Catarinense e a Copa do Brasil de 2015, mas passou a receber menos investimentos desde o falecimento de seu idealizador, Salézio Kindermann, em 2021. Como resultado disso, na nova gestão, a equipe foi rebaixada ao Campeonato Brasileiro A2 em 2024, após terminar o campeonato na vice-lanterna.

A equipe do PFF entrou em contato com a diretoria e a presidência do clube, mas até o fechamento dessa matéria não obteve resposta. Estamos à disposição do clube para maiores esclarecimentos.

Transfer Ban

O AvaÍ Kindermann foi adicionado à lista de Transfer Ban da FIFA ontem (07) devido a débitos financeiros com a atacante uruguaia Julieta Morales, hoje atleta do Internacional. A medida impede a equipe de registrar novas jogadoras em âmbito nacional e internacional, até que os valores devidos sejam integralmente quitados. A decisão pode perdurar por até três janelas de transferência consecutivas. No Brasil, outra equipe que está na lista é o Real Brasília, desde janeiro deste ano.

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Página de clubes punidos com o Transfer Ban da FIFA.

Créditos: Reprodução.

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