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·8 Maret 2025

Atlético x América: coletiva de imprensa com Cuca

Gambar artikel:Atlético x América: coletiva de imprensa com Cuca

O Atlético venceu o América Mineiro por 4 a 0 na ida da final do Campeonato Mineiro, na tarde deste sábado, 8 de março. Após o jogo, na sala de imprensa do Mineirão, o técnico Cuca avaliou o resultado e a boa fase do Galo, invicto na temporada após 15 partidas. Veja a transcrição completa da entrevista do treinador alvinegro:

Pergunta: Queria que você falasse um pouco da intensidade do Atlético, tendo um aproveitamento muito grande. Time que não para de brigar… O time vai aguentar manter essa pegada na temporada inteira?


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Cuca: “É uma pergunta complexa, porque não sabemos isso. Um time não aguenta uma temporada assim, um elenco sim. Por isso a gente pleiteia ter um elenco forte. Um Brasileiro de 38 rodadas, Sul-Americana, Copa do Brasil, é desgaste enorme. Jogamos na quarta-feira, e para manter essa intensidade, uma hora você não aguente. Se a gente consegue manter o elenco… Estamos felizes, são 9 vitórias seguidas, um gol sofrido, 20 gols marcados. Temos que saborear. Não é sempre que você consegue números tão bons, e o time jogando bem, com simplicidade, respeitando o adversário. O maior respeito que você pode ter é ir para cima do adversário e não ficar tocando a bola para lá e para cá”.

“Foi o que a gente fez durante o jogo todo, se bem que o América perdeu um jogador, é verdade. E o jogo estava encardido, ‘trocação’, muito bom para quem está assistindo, chances para os dois lados, até que conseguimos o primeiro gol e construir a goleada. Mas eu acho que não tem nada definido ainda, há o segundo jogo. Temos que ter pés no chão, humildade, e, se Deus quiser, sair campeão no sábado que vem e, se não perder, ser campeão de forma invicto”.

Pergunta: Você vem para a final sem o Hulk, e o Galo não sente. O por quê o Galo, nesse ano, está sentindo menos falta do Hulk?

Cuca: “Não, a gente sente. Ele faz falta, é muito importante, num jogo decisivo, nem se fala. A liderança dele… A gente quer que ele se recupere o quanto antes para estar em campo. Enquanto isso, a gente varia, pondo outros jogadores, mudando o sistema, como foi hoje. Graças a Deus, tem dado certo”.

Pergunta: Você nunca perdeu um Campeonato Mineiro. Depois do jogo, você deu um abraço forte no William Batista (técnico do América), que te elogiou na coletiva. A sua experiência pesa numa decisão?

Cuca: “Eu acho que minha figura aqui não faz diferença nenhuma. Quem faz são os jogadores em campo. Ele é um treinador jovem, e necessitamos desses jovens talentosos. Eu acho que o William é talentoso. O América precisa ter paciência, sabemos que é um trabalho a médio prazo, com meninos. Eles vão dar caldo. Chegaram na final, eliminaram um grande adversário, ainda podem ser campeões. É uma derrota difícil de se digerida, mas é preciso valorizar o trabalho que o América fez. Uma equipe de brio, que joga limpo, com meninos que possam trilhar um futuro maravilhoso”.

Pergunta: A gente vê uma adaptação rápida do Atlético no ano. Dos 23 gols do Galo na temporada, em 11 houve participação dos reforços. Como é o trabalho de adaptação de quem chega?

Cuca: A gente trabalha bastante trabalho tático, coloca os jogadores dentro dos quadrados, para haver entrosamento rápido, movimentação na troca de posição, preenchimento do trabalho em campo. Para dois meses de trabalho, está muito bom. Estamos felizes com todos, com os que chegaram e quem está aí, os remanescentes. Ano passado foi muito bom, precisamos enaltecer, chegaram em duas finais, infelizmente perdeu, mas precisa ser valorizado”.

Pergunta: Você disse que a final está em aberto, mas é uma vantagem muito considerável. A torcida gritou “É campeão”. Como trabalhar essa concentração com os jogadores?

Cuca: “Fazendo as mesas coisas, o mesmo tipo de trabalho com aceitação e entrega nos treinos. É o que trazemos para o jogo. É uma grande vantagem, inegável. Mas precisamos fazer o jogo final com a mesma seriedade para sair campeão”.

Pergunta: O Lyanco teve um dia de zagueiro, volante, meia e definidor. O que tem sido feito para o Lyanco na questão técnica, avançando… Já tinha feito isso contra o Manaus. Hoje, atacou e fez o gol. Como é esse processo?

Cuca: “É mérito dele, não é meu. Tem sido exemplo de jogador. Tem se portado muito bem em todos os sentidos. Ele tem um jogo muito forte, viril, é leal. Outro dia teve aquela jogada que ele pisou, mas até hoje eu acredito que não foi intencional, teve o braço que foi. Mas conversamos muito com ele em cima disso, de ter cuidado. E ele está tendo, mesmo com toda virilidade que ele tem. Muito importante para nós, na marcação, antecipação, iniciação de jogadas ao lado do Alonso. Muito difícil ter um time ofensivo igual ao nosso com poucos gols sofridos. É mérito… Lógico que o ataque marca forte, mas é mérito da defesa, também”.

Pergunta: Chamou a atenção, hoje, o volume de jogo do Atlético pelo lado esquerdo, com Cuello e Guilherme Arana. Queria que você falasse do trabalho sendo feito para isso.

Cuca: “A gente tenta ocupar os espaços. Eles fazem o movimento de atacar espaço para abrir espaço para outro jogador. Ali ainda tem o Rubens, que também favoreceu a triangulação. Por isso, hoje, o lado esquerdo foi mais forte, com mais jogadores no setor. Entendemos que ali o caminho estava mais aberto, principalmente depois que ficou 11 contra 10. Cruzamentos precisos, Guilherme Arana vivendo grande momento. Cuello também. E contamos com o Rubens, jogador tático, te dá opção de variações táticas no próprio jogo, movimentando ele nos setores do campo. Está de parabéns pelo jogo que fez”.

Pergunta: Hoje, você está satisfeito com o elenco à disposição no Galo?

Cuca: “Não tenho como dizer ainda, porque não utilizamos o elenco ainda. O elenco, você vai falar da satisfação dele, quando forem utilizados. E serão. Todos treinam muito bem, alguns ainda estão tendo poucas oportunidades, como o Saravia, o Fausto, o Igor, e outros, o Rômulo. Mas eles vão ser postos em xeque em breve, ou médio prazo. Aí saberemos. Quanto mais forte o elenco for, maior é a chance de ganhar, principalmente o Brasileiro, que premia o melhor elenco em 38 rodadas”.

Pergunta: Fale para gente do Alisson, que foi embora para o futebol ucraniano. Outra questão é o Deyverson, que sempre aparece no segundo tempo e leva uma amplitude para a chance de gol.

Cuca: “O Alisson, houve aquela situação lá no Villa Nova, um pouco precipitado, eu acho, daquela carta que falava que não havia projeto para ele. E tinha, entra e joga. Quer jogar aonde? Aqui? Quem sabe mais aqui… Você fica mais próximo do gol. Ele fez um gol de rebote que, talvez, estando do lado direito, não faria. Acredito que isso ajudou ele a sair. Naquela vez ia pegar um pouco a menos do que pegou (Cuca faz sinal de dinheiro com as mãos). Valeu a pena tudo. Para ele foi bom, saiu com gol, pela porta da frente, fica aberto o retorno. Cabe a nós formar outros jogadores. Tínhamos a formação do Savinho em 2021, e, agora, do Alisson. Perde-se um jogador, mas se ganha com isso. Vamos atrás”.

“A formação de jogadores é importante, temos que ter cuidado especial para estar sempre formando. Tivemos três jogos com a base no Mineiro, não venceu nenhum, mas também não perdeu, temos que enaltecer o pessoal que ficou. Se tivesse perdido uma, não teríamos classificado. A gente tinha, contra o Cruzeiro, 13% de chance de classificação. Se a gente empatasse o jogo contra o Cruzeiro, com mando do Cruzeiro, estávamos fora do Campeonato. Então, dali para frente, mobilização que teve, vitória que teve, subimos de produção. E também quero dar um louvor ao pessoal da base, que foi criticado por não ter vencido nenhum jogo, mas também não perderam”.

“Só queria dizer um parabéns para minha mãe, para as minhas filhas, que são mães, para a minha irmã, minha esposa, para todas as mulheres e para a mãe de todas elas, que é Nossa Senhora. Um beijo e fiquem com Deus”.

Foto: Pedro Souza/Galo

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