Barcelona muda de rota: aposta interna e cautela nos gastos | OneFootball

Barcelona, Atlético de Madrid e Real Madrid lideram o ranking de maiores investimentos em transferências da LaLiga nos últimos anos, mas ainda assim apresentam números bem inferiores aos das potências da Premier League e Bundesliga, segundo levantamento do Mundo Deportivo a partir de dados da Post United. No recorte do último lustro, o Barça aparece com um gasto total de 344 milhões de euros, cerca de 130 milhões a menos que seu principal rival, o Real Madrid, que investiu 471 milhões. O Atlético de Madrid lidera com 513 milhões desembolsados.

A comparação evidencia não apenas o novo patamar de austeridade do mercado espanhol, mas também destaca o contexto financeiro do próprio Barcelona. Mesmo sendo um dos protagonistas do futebol europeu, o clube catalão se mantém distante da briga por contratações supervalorizadas vistas no futebol inglês—casos recentes como Florian Wirtz, Ekitiké, Mbeumo, Cunha ou Zubimendi, cujos valores fogem da realidade das finanças blaugranas.

Para a temporada atual, o Barcelona concentrou seus esforços em reforçar posições específicas e mostrou cautela nas movimentações: foram apenas dois nomes, Joan Garcia, goleiro ex-Espanyol, e Rashford, que chega por empréstimo com cláusula de penalidade de cinco milhões caso não permaneça no clube. Além deles, o meia Ronny custou 2,5 milhões, totalizando um gasto aproximado de 27,5 milhões. Em contrapartida, Real Madrid já soma cerca de 190 milhões em reforços recentes, como Huijsen, Trent, Carreras e Mastantuono, enquanto o Atlético de Madrid ultrapassou 150 milhões nesta janela, apostando em nomes como Álex Baena, Hancko e Almada.

O presidente Joan Laporta, em entrevista ao Mundo Deportivo, garantiu que o Barcelona não pretende ampliar a lista de contratações nesta janela. A estratégia, segundo ele, é confiar no talento das categorias de base, cuja influência foi decisiva nas recentes conquistas. Na temporada passada, o foco foi maior: Dani Olmo e Pau Víctor, adquiridos ao custo de aproximadamente 65 milhões.

A diferença acentuada nos gastos — com clubes como Villarreal já aparecendo distante, na quarta posição, com 153 milhões investidos no período — reforça que o cenário da LaLiga mudou. A aposta do Barça em desenvolver seu elenco internamente é, além de necessidade financeira, um projeto capaz de manter o clube competitivo, sem colocar em risco as finanças, ainda sob o impacto de temporadas anteriores marcadas por gastos elevados. Fontes: Mundo Deportivo.

Photo by Eric Alonso/Getty Images