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·28 Desember 2024

Boa vista para o dérbi

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Invicta para os invictos! No dérbi da cidade, o FC Porto não deu hipóteses na receção ao Boavista (4-0) e segue invencível a jogar em casa esta temporada.

São já 24 jogos consecutivos sem perder diante do Boavista para os dragões que, sob forma provisória, saltam para a liderança isolada do campeonato e podem assistir ao dérbi lisboeta confortáveis no topo.


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Em relação ao jogo - sublinhado, também, pelas homenagens a Pinto da Costa (ex-presidente dos dragões completou, este sábado, 87 anos) -, Vítor Bruno surpreendeu no 11 e introduziu Franco na partida, que voltou a ser titular para a Liga quase um ano depois.

Do lado boavisteiro, Bacci apenas operou duas mexidas em relação ao último jogo: Joel Silva (lesionado) ficou de fora, enquanto Gonçalo Almeida deu o lugar a Pedro Gomes no lado direito da defesa.

Samu aqueceu

45 minutos bem quentinhos, a disfarçar o frio - muito frio - na cidade do Porto. Nas bancadas - para além da homenagem - alguns imbróglios no setor destinado à claque Coletivo do FC Porto, por considerarem «excessiva» a quantidade de polícias de choque no perímetro.

Dentro de campo, organizados, pacientes e agressivos, as panteras negras conseguiram inibir o FC Porto durante os primeiros 20 minutos - com algum nervosismo dos dragões à mistura -, mas depois surgiu Samu. O suspeito do costume.

Primeiro, aos 25', o espanhol não aproveitou alguma confusão na pequena área boavisteira para inaugurar o marcador, no entanto, seis minutos depois, não vacilou: Nico González - quase sempre dos mais esclarecidos - quebrou o meio campo do Boavista, colocou em Martim e o lateral, com um cruzamento perfeito, serviu o avançado espanhol com precisão.

Martim, a par de Nico, o homem em maior evidência, voltou a criar muito perigo: a servir - desta feita, Samu não foi feliz no remate - e na hora de finalizar, após um excelente pormenor técnico, ainda que, na baliza, César foi superior.

Olá, Dragão, aqui estou!

Depois de 45 minutos algo apagado, eis o menino senhor do momento: Rodrigo Mora tem apenas 17 anos, mas já parece que anda nisto há muitos (muitos!) anos.

Sem tremer, ou temer o momento, o jovem prodígio dos dragões deu o primeiro ar da sua graça com um passe teleguiado para o segundo golo da partida por parte de Nico González, mas o grande momento chegou aos 59'.

Um lance de predestinado, prodígio - escolha o leitor o adjetivo -, acima de tudo, de craque [n.d.r: o melhor é ver]. Rodrigo Mora pegou na bola ainda longe da baliza, serpenteou a defensiva boavisteira e, de pé esquerdo, colocou a bola em jeito, com classe, no ângulo. O primeiro golo no Dragão para o criativo portista.

A partir daqui, o Boavista tentou pressionar mais - criou algumas situações de perigo, é certo -, mas foi sempre o Dragão quem esteve com o comando do jogo. Já perto do fim, Samu fechou as contas com uma bela finalização.

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