Jogada10
·11 Juni 2025
Bobadilla, do São Paulo, é indiciado por crime de injúria racial

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O volante Bobadilla, do São Paulo, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de injúria racial contra o jogador venezuelano Miguel Navarro, do Talleres. O caso aconteceu no dia 27 de maio, quando as duas equipes se enfrentaram no Morumbis, pela Copa Libertadores. O jogador prestou depoimento nesta quarta-feira (11/6).
Rodrigo Correa Baptista, delegado do DRADE (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), disse que o jogador não apresentou nada que pudesse mudar as investigações. Além disso, comentou que a versão da vítima está mais concreta.
“Ele compareceu, esclareceu todos os pontos que foram questionados, mas os elementos realmente recaem contra ele. A versão da vítima é corroborada por outras testemunhas. Ele não apresentou nenhuma testemunha que pudesse afastar a credibilidade que temos das outras testemunhas, jogadores do Talleres. Então, por esse motivo ele acabou indiciado pelo crime de injúria racial”, disse o delegado.
Agora, o inquérito policial estará sendo finalizado para que o caso possa seguir Navarro disse que Bobadilla falou que ele era um “venezuelano morto de fome”. Casos de xenofobia acabam sendo enquadrados como crimes de racismo pela legislação brasileira.
“O inquérito está em fase final de tramitação. Concluindo o inquérito, ele (inquérito) estará sendo encaminhado ao poder judiciário. O Ministério Público toma conhecimento dessa investigação e pode promover uma ação penal contra ele (Bobadilla). É uma acusação que o estado faz de processar uma pessoa no poder judiciário. Aí é a segunda etapa. A primeira é com a polícia, mas a segunda é com o poder judiciário e o Ministério Público”, concluiu o delegado.
Depois do acontecimento, o volante publicou um vídeo de desculpas pelo caso. Contudo, Bobadilla também conversou por telefone com Navarro para se desculpar, por acreditar que a publicação que havia feito nas redes sociais não seria suficiente. Pelo ocorrido, o jogador pode ser suspenso de competições da Conmebol. Aliás, em caso de condenação, a pena pode variar de dois a cinco anos de prisão.
Pelo lado de Navarro, falaram as testemunhas Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo, ambos jogadores do Talleres. Além disso, o árbitro Piero Maza Gomez, e os policiais militares que conduziram o venezuelano à delegacia do estádio também apresentaram suas versões.