Jogada10
·4 Juni 2025
Bruno Henrique, do Flamengo, sofre revés por habeas corpus em caso de manipulação

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a 3ª Turma Criminal do Distrito Federal rejeitaram o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Bruno Henrique no suposto envolvimento em manipulação de apostas. Os advogados do atacante do Flamengo pretendiam levar o caso para esfera federal, visto que a infração possui “caráter transnacional”. Além disso, solicitaram a anulação das provas colhidas e a revogação da decisão que autorizou a apreensão do celular do atleta.
Contudo, o desembargador André Ribeiro, do TJ-RJ, recusou o pedido liminar da defesa. Mantendo, assim, o inquérito sob responsabilidade da Justiça Estadual. De forma semelhante, o magistrado Demétrius Gomes Cavalcanti, do Distrito Federal, também negou os requerimentos. Ambas as decisões reforçaram a legalidade das diligências e autorizaram a continuidade da investigação em curso.
O processo criminal apura um episódio específico: o cartão amarelo que Bruno Henrique recebeu na partida entre Flamengo e Santos, em novembro de 2023. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, mensagens extraídas do telefone do atleta e de familiares indicariam um suposto planejamento para forçar a advertência, favorecendo apostas registradas por pessoas próximas ao jogador.
Entre os envolvidos estariam o irmão do camisa 27, Wander Nunes Pinto Júnior; a esposa de Wander, Ludymilla Araújo Lima; e a prima do atacante, Poliana Ester Nunes Cardoso.
Essas conversas, obtidas após decisão judicial, serviram como base para o indiciamento do jogador por estelionato e fraude em competição esportiva. Os advogados tentaram desqualificar o material, afirmando que a coleta teria violado garantias legais e que a suposta conduta do jogador afetaria todo o sistema federal de loterias. O que justificaria a mudança de foro.
Ainda assim, os pedidos foram rechaçados por todos os órgãos judiciais que analisaram a solicitação.
Além do processo criminal, o caso também repercute na esfera esportiva. Isso porque o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) abriu inquérito contra o atacante após receber informações das autoridades civis. O órgão avalia possíveis punições relacionadas à ética desportiva.
Enquanto a defesa insiste em pedidos para arquivar o processo, a apuração segue firme nas mãos da Polícia Civil do Rio, que conduz os desdobramentos com o suporte das provas já anexadas. Por ora, o Ministério Público ainda avalia se apresentará denúncia formal, o que poderá levar o caso a julgamento.