Gazeta Esportiva.com
·25 November 2025
CBF divulga novo calendário do futebol feminino para 2026; veja mudanças

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Nesta segunda-feira, a CBF anunciou o novo calendário do futebol feminino, válido a partir da temporada de 2026. Entre as mudanças está o aumento no número de clubes e datas das séries A1, A2 e A3, e Copa do Brasil Feminina, competições que estarão alinhadas com a Conmebol e FIFA, e terão cotas e premiações incrementadas.
Também foi anunciado um apoio às atletas mães e lactantes, que terão a oportunidade de levar filhos em viagens, com custos pagos pela entidade, além de investimentos no futebol feminino de base, por meio do programa CBF Transforma.
Anunciado ainda nos primeiros seis meses da gestão do presidente Samir Xaud na CBF, a reformulação do calendário do futebol feminino é um tema considerado estratégico para fomento e consolidação da modalidade às vésperas da Copa do Mundo, sediada pelo Brasil em 2027.
“Assim como fizemos no futebol masculino, passamos os últimos meses analisando e estudando oportunidades de melhorar o calendário e o fomento do futebol feminino. Ouvimos especialistas, federações, clubes e jogadoras. E chegamos a um modelo que atende a demandas importantes, colocando o futebol feminino brasileiro onde merece estar. Vamos mexer em toda a estrutura das nossas competições, aumentando o número de clubes e de jogos nas séries A1, A2, A3 e na Copa do Brasil, competição que estava abandonada e que foi resgatada neste ano”, disse Samir Xaud.
A nova programação reformula a estrutura das principais competições femininas do país, promovendo mudanças no volume de partidas das equipes de elite e oferecendo perspectivas de crescimento para as equipes que estão abaixo.
“Começamos a desenhar o calendário em julho e em outubro estava bem encaminhado. De outubro até agora, final de novembro, algumas mudanças surgiram e tentamos internamente melhorar várias questões. Quero agradecer ao Julio Avellar (diretor de competições da CBF), que comprou essa ‘briga’ junto comigo. Fomos até o último minuto tentando melhorar e a sensação é de que conseguimos cumprir o objetivo que tínhamos, que é para além da CBF, do departamento de competições: é que realmente os clubes que vão disputar se vejam representados, vejam que eles foram olhados com cuidado, carinho, que a gente tem essa preocupação, que a gente quer que eles joguem mais”, disse Aline Pellegrino, gerente de competições femininas da CBF.
Ao todo, as mudanças promovidas representam um investimento de R$ 685 milhões nas competições femininas, com aumento de 41% de datas neste calendário, 84% no número de partidas e 69% de vagas no calendário nacional.
Entre as nove competições organizadas pela CBF no futebol feminino, a que abre o novo calendário é a Supercopa, no dia 8 de fevereiro, disputada entre a equipe campeã da Série A1 e da Copa do Brasil Feminina. A premiação é de R$ 1 milhão para as campeãs e R$ 600 mil para as vice-campeãs. O mando de campo será definido em consenso entre CBF e os clubes participantes.
A Série A1, principal competição do calendário feminino, terá início em 15 de fevereiro e final com data-base em 4 de outubro, com o número de clubes ampliado de 16 para 18 participantes. A competição terá as datas-base às quartas-feiras e domingos, e passa a ter 23 datas, duas a mais do que teve em 2025, o que representa um aumento de 134 para 167 jogos. Todos os clubes participantes da competição têm vaga assegurada na Copa do Brasil Feminina.
Cada clube participante terá uma cota fixa de R$ 720 mil na primeira fase, com um acréscimo de R$ 20 mil a cada partida de primeira escolha pelo detentor com transmissão nacional. A premiação para a equipe campeã será de R$ 2 milhões, e de R$ 1 milhão para a vice. Duas equipes serão rebaixadas para a Série A2. A partir de 2027, a CBF exigirá que todas as atletas participantes tenham contrato profissional assinado.
14 clubes que permanecerem na A1 (1º ao 14º de 2025);
4 clubes promovidos a partir da A2 de 2025.
A Série A2, segunda divisão do futebol feminino, terá início em 14 de março e final prevista para 19 de setembro, com aumento de 13 para 21 datas (o que representa aumento de 70 para 134 jogos) e o número de 16 clubes participantes mantido. As datas-base das rodadas são quartas-feiras e sábados.
O formato da competição passa por alteração, com turno único e grupo único na 1ª fase. As cotas aos clubes participantes passam por reajuste de 2,4 vezes, passando a R$ 360 mil para cada na primeira fase. Quatro clubes se classificam para a A1 e dois são rebaixados para a A3. As equipes participantes têm vaga garantida na Copa do Brasil Feminina.
2 clubes rebaixados da A1 (15º e 16º de 2025);
10 clubes remanescentes da A2 (5º ao 14º de 2025);
4 clubes promovidos da A3 (1º ao 4º de 2025).
A Série A3, terceira divisão, terá início em 21 de março e término previsto para dia 5 de setembro. O aumento será de 11 para 14 datas: de 78 para 126 jogos. Ao todo, serão 32 clubes com todas as unidades federativas representadas. O formato será de turno e returno na 1ª fase. A data-base das partidas será sábado.
A cota para cada clube participante terá reajuste de 3,3 vezes, passando a R$ 120 mil na primeira fase. Os clubes participantes têm vaga na Copa do Brasil Feminina. Os quatro melhores sobem para a A2.
2 clubes rebaixados da A2 (15º e 16º de 2025);
27 campeões estaduais adultos de 2025 (com substituição pelo vice ou seguinte, se necessário);
3 clubes remanescentes da A3 (5º ao 7º de 2025).
A Copa do Brasil Feminina passará de 65 para 66 participantes, reunindo os clubes das três divisões nacionais. O início será em 22 de abril e a previsão de término é em 15 de novembro. O número de jogos passa de 64 a 72, com uma mudança de 8 para 11 datas.
A estreia das equipes segue semelhante, com os clubes da A3 participando desde a 1ª fase, os da A2 entrando a partir da 2ª fase e os da A1 apenas na 3ª fase. A partir das quartas de final, porém, até a decisão do certame, os jogos serão de ida e volta. As datas-base são quintas-feiras e domingo. Os confrontos e mandos de campo de cada fase serão definidos por sorteio. As cotas de participação de todas as fases serão dobradas em relação ao formato de 2025.
Critérios de entrada:
18 clubes da A1 de 2026;
16 clubes da A2 de 2026;
32 clubes da A3 de 2026.
O calendário de formação também passou por ajustes estruturais. O Brasileiro Feminino Sub-20 será realizado entre 8 de março e 28 de maio, com final em jogos de ida e volta e aumento de 11 para 12 datas (85 para 86 partidas). As cotas de participação para todas as fases foram reajustadas em 10%, e o cronograma foi organizado de forma a preservar datas da Seleção Brasileira Sub-20 e garantir uma janela de treinos entre a fase de grupos e os mata-matas.
O Brasileiro Feminino Sub-17 seguirá formato semelhante, ocorrendo entre 30 de maio e 29 de agosto, também com finais em ida e volta. Haverá um aumento de 11 para 12 datas e acréscimo de 10% nas cotas de participação. Assim como no Sub-20, o calendário evita conflitos com as datas da Seleção Sub-17.
As Ligas Sub-16 e Sub-14 continuam sendo disputadas em sede única, ambas realizadas entre 23 e 29 de março, com 20 partidas em cinco datas cada. Os torneios mantêm o formato atual e seguem garantindo uma vaga na Fiesta CONMEBOL Evolución para seus campeões. Além disso, a CBF ampliará o investimento no desenvolvimento através do CBF Transforma, com incremento no fomento dos campeonatos estaduais Sub-15, Sub-17 e inclusão do Sub-20, reforçando a base como pilar estratégico da modalidade.
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