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·14 November 2025

Com atuação fraca, a Itália teve triunfo módico sobre a Moldávia nas Eliminatórias da Copa

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Sob enorme pressão e convivendo com a iminência de jogar mais uma repescagem para a Copa do Mundo, a Itália venceu a Moldávia por 2 a 0, em Chisinau, pelas Eliminatórias do Mundial de 2026. Os azzurri só garantiram o resultado nos minutos finais, após uma atuação tensa, irregular e repleta de chances desperdiçadas, que expôs novamente as dificuldades do time de Gennaro Gattuso para transformar domínio em gols.

A Itália entrou em campo carregando um peso que ia além da simples obrigação de vencer. Nos dias que antecederam a partida, Gennaro Gattuso reacendeu a discussão sobre o modelo das Eliminatórias europeias, argumentando que o continente “pune excessivamente qualquer tropeço”, sobretudo em comparação com a América do Sul, onde mais vagas diretas reduzem drasticamente o risco de eliminação. Para o técnico, “a Europa cria um funil injusto”, e a Nazionale é uma das seleções mais expostas a esse cenário. Com esse clima de tensão – e com a classificação direta cada vez mais distante –, a vitória sobre a frágil Moldávia não era apenas necessária: era obrigatória. E qualquer chance de duelar com a Noruega pela vaga direta passava por uma goleada, que ficou muito longe de ser construída.


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O início até sugeriu uma Itália viva, agressiva e presente no último terço, mas a execução era pobre – e a escalação de um time repleto de reservas, incluindo até o goleiro Vicario, que substituiu o capitão Donnarumma. Logo aos 5 minutos, Raspadori apareceu bem pela esquerda, mas parou em Kozhukhar. A bola rondava a área, a movimentação era intensa, porém as finalizações não assustavam. Scamacca tentou em cobrança de falta ensaiada aos 10, e aos 11 arriscou rasteiro, sendo novamente defendido. Era um domínio cheio de intenções, mas sem transformar volume em perigo real.

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Em atuação descoordenada, a Itália teve imensa dificuldade de superar o bloqueio da Moldávia (FIGC/Getty)

As chances se acumularam sem recompensa. Aos 21, Bellanova cruzou para Zaccagni quase emendar uma bicicleta. Um minuto depois, Orsolini tentou de fora, sem direção. A melhor oportunidade veio aos 26, quando Kozhukhar espalmou falta de Orso, Scamacca ajeitou e Mancini, com o gol aberto, mandou para fora. A Nazionale tinha espaço, mas continuava incapaz de quebrar o bloqueio moldavo.

E por pouco não pagou o preço: aos 32, Postolachi chegou batendo de primeira após cruzamento de Revenco, assustando Vicario. Tonali respondeu aos 37, Cristante quase marcou aos 40 e um apagado Orsolini arriscou duas tentativas improváveis. Foi mais uma sequência de pressão irritantemente improdutiva.

O retorno do intervalo trouxe o pior momento italiano. A equipe perdeu ritmo, criatividade e intensidade, transformando a partida em um ataque contra defesa sem ideias. A Nazionale não tinha criatividade nem ferramentas para desmontar a defesa da Moldávia, alternando erros técnicos e falta de intensidade. Aos 60, Orsolini desperdiçou outro voleio. Tonali ainda forçou uma defesa de Kozhukhar aos 71, e Esposito, aos 76 e 78, também não conseguiu aproveitar boas jogadas de Orsolini e Zaccagni. O relógio avançava, a ansiedade crescia, a Nazionale errava uma infinidade de passes e o placar seguia parado, ensejando uma das noites mais frustrantes da história recente dos azzurri – e olha que o páreo é duro.

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Só no fim, Mancini e Esposito impediram que a má atuação da Itália virasse vexame (FIGC/Getty)

Quando o 0 a 0 já parecia inevitável, a Itália enfim encontrou o gol e transformou um vexame potencial apenas em uma vitória com atuação pavorosa. Aos 88, Dimarco cruzou com precisão e Mancini mergulhou de peixinho para fazer 1 a 0, respondendo a um setor visitante que cobria os italianos de vaias na capital da Moldávia. Frattesi ainda desperdiçou chance clara no minuto seguinte, e só então, já nos acréscimos, veio o segundo: aos 91, Esposito completou cruzamento de Orsolini e, com cabeçada precisa, resolveu a partida. Retegui ainda desviou para fora aos 94, em mais uma chance que ilustrou o padrão da noite.

O triunfo era obrigatório, mas a atuação deixou inquietação. A Itália teve muito a bola, finalizou bastante e controlou territorialmente todo o jogo – o que era de se esperar contra uma adversária que somara apenas um ponto. Porém, o fez de maneira desordenada, lenta e incapaz de produzir superioridade real diante de uma oponente tecnicamente muito inferior. A Moldávia só cedeu nos minutos finais, quando já não tinha força para resistir. Gattuso ainda tenta construir uma equipe reconhecível, mas o rendimento segue frágil, errático e distante do nível exigido em vários momentos.

No contexto das Eliminatórias, a situação beira o absurdo: para se classificar diretamente pelo saldo de gols, a Itália precisaria golear a Noruega por pelo menos 9 a 0 no domingo, um cenário impensável. Assim, a terceira repescagem consecutiva deve ser o destino dos azzurri. A vitória sobre a Moldávia foi necessária, mas não dissipou a nuvem de tensão que paira sobre a Nazionale.

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