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·4 Februari 2025
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O Corinthians enviou à Justiça de São Paulo um plano para quitar R$ 367 milhões, parte de sua dívida cível e trabalhista, pelos próximos 10 anos. A proposta da diretoria corintiana foi enviada para a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível da Comarca de São Paulo na última segunda-feira.
Esse valor está listado no Regime Centralizado de Execuções (RCE), que faz parte do plano do Timão para organizar as ordens de pagamentos a credores e execuções judiciais.
Para quitar os R$ 367 milhões, montante referente ao passivo com fornecedores, empresários, jogadores e processos judiciais em andamento, o Corinthians pretende separar mensalmente 4% de suas receitas recorrentes, que são direitos de televisão e valores de patrocínio, por exemplo. A quantia arrecadada com a transferências de jogadores não entra no cálculo.
Já em relação às negociações de atletas, o Timão traçou como objetivo separar 5% das entradas de caixa referentes à venda de direitos econômicos dos jogadores, com um deságio mínimo de 30%. O clube tem como meta quitar 60% do valor total até o sexto ano do acordo.
Segundo o documento enviado à Justiça, ao qual a Gazeta Esportiva teve acesso, a dívida do Corinthians é separada da seguinte forma:
O Corinthians alega que se encontra com o fluxo de caixa estrangulado e que perdeu credibilidade no mercado devido às gestões financeiras ineficientes no passado. O clube também entende que perdeu receitas importantes com bilheteria e sócio-torcedor devido à ausência de público no período de pandemia da covid-19.
O Timão pretende priorizar alguns credores, como idosos, pessoas com grave doenças, vítimas de acidente de trabalho e pessoas com acordos prevendo redução de pelo menos 30% do valor devido.
A ideia do Corinthians é oferecer benefícios aos “credores parceiros”, que mantiveram a prestação de serviços e/ou financiamento ao clube depois do pedido de Regime Centralizado de Execuções. Eles receberão 50% dos valores alocados nas parcelas de distribuição do plano.
O presidente Augusto Melo se manifestou sobre o plano, dizendo que o clube tem se esforçado para sanar as contas e manter o protagonismo em campo.
“Todo nosso planejamento foi feito visando a melhor forma do Corinthians conseguir quitar sua divida e se manter sustentável, não estamos nos recusando a pagar, como sempre falei, pegamos o Clube totalmente endividado e faremos o possível para que isso não afeta nosso desempenho. Nossos departamentos estão trabalhando duro para que a gente consiga sanar as contas e manter o nosso protagonismo. Hoje nossos credores sabem como vão receber e quando vão receber, esse era nosso objetivo. Agora tenho certeza que o Corinthians manterá suas obrigações e a torcida pode ficar tranquila que a gente vai ter muitas alegrias daqui para frente”, disse Augusto.
A proposta do Corinthians será analisada pela Justiça de São Paulo. Apenas com a aprovação do órgão, o plano do clube alvinegro entrará em vigor.
O valor da dívida será corrigido pela inflação, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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