Jogada10
·10 September 2025
Corinthians avalia renegociação da dívida da Arena e rechaça ‘calote’

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·10 September 2025
O Corinthians admite a possibilidade de retomar conversas com a Caixa Econômica Federal para renegociar a dívida referente à construção da Neo Química Arena, que hoje gira em torno de R$ 645 milhões. A diretoria, no entanto, afirma que ainda não há negociação em andamento.
O tema voltou à tona após declaração do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, na última segunda-feira (08/9). Sem ser questionado, Tuma sugeriu que o clube deveria “resolver o problema na Caixa” ou até mesmo parar de pagar a dívida para priorizar outras pendências financeiras consideradas mais urgentes.
Apesar da fala, a diretoria descarta a hipótese de suspender os pagamentos. Além disso, assegura que o Corinthians vem cumprindo o acordo firmado em 2022, ainda na gestão de Duilio Monteiro Alves, com prazo de quitação até 2041.
Em entrevista à ESPN, o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, declarou que o banco está disposto a renegociar o débito. Ele revelou que existe até a possibilidade de criação de um fundo de investimento. Este permitiria ao Corinthians amortizar a dívida e ainda obter rendimentos a longo prazo.
Atualmente, a dívida do clube com a Caixa consta no balanço financeiro do primeiro semestre em R$ 675 milhões. Com pagamentos já realizados em 2025, além da contribuição da vaquinha organizada pela torcida Gaviões da Fiel, o valor foi reduzido para cerca de R$ 645 milhões em agosto.
Corinthians descarta calote e quer renegociar dívida da arena – Foto: Bruno Granja/Neo Química Arena/Corinthians
A iniciativa dos torcedores teve início no fim de 2024 e já arrecadou R$ 40.889.687,10. Este valor foi integralmente repassado para a amortização da dívida com a Caixa. Contudo, mesmo com o gesto, o clube segue pressionado por seu endividamento total, estimado em R$ 2,6 bilhões.
A diretoria alvinegra avalia alternativas para melhorar o fluxo de pagamento, mas reforça que qualquer decisão passará por análise conjunta com a Caixa. Uma eventual renegociação está sendo vista como uma forma de aliviar a situação financeira sem romper compromissos já assumidos.
Enquanto isso, os pagamentos previstos para o segundo semestre seguem no cronograma. Aliás, a busca por novas receitas, seja por negociações comerciais, seja por resultados esportivos, permanece central na estratégia para diminuir a pressão das dívidas.