DE NOVO? Juiz de São Paulo x Mirassol é o da polêmica de clássico no Paulistão que gerou xingamentos e teve erros admitidos | OneFootball

Se o São Paulo tem muitos problemas internos e de elenco em fase bastante conturbada na temporada, tem que se preocupar também com a arbitragem escalada para suas partidas.

O juiz do próximo jogo do Tricolor no Brasileirão, diante do Mirassol, neste domingo (19) foi definido em audiência pública realizada na tarde desta sexta-feira (17), na Granja Comary, no Rio de Janeiro (RJ). E seu passado com os são-paulinos não é nada agradável.

O paulista Matheus Delgado Candançan, de 27 anos, foi o designado pela comissão da CBF para arbitrar a partida a ser realizada no interior do estado. Ele foi o responsável por imensa revolta do Tricolor ainda durante o Paulistão do último ano de 2024, ao cometer erros no clássico diante do Palmeiras.

Como é costumeiramente informado pela CBF, a seleção dos árbitros é definida levando-se em consideração as fases da competição, a importância e grau de complexidade de cada partida e a qualificação, o condicionamento físico e o desempenho técnico dos árbitros.

RELEMBRE TODA A POLÊMICA

Os lances mais reclamados pelo São Paulo na ocasião foram a não expulsão do volante Richard Ríos por falta temerária em Pablo Maia, e também a não marcação de pênalti sobre Luciano no final da partida. O clube ainda contestou o pênalti de seu goleiro Rafael anotado sobre o rival Murilo, no duelo de 3 de março, ainda pela 1ª fase do Paulistão.

Posteriormente, a FPF (Federação Paulista de Futebol) enviou documento reconhecendo os erros da equipe de arbitragem nos dois primeiros lances contestados pelo Tricolor.

“Sobre a possível expulsão de Ríos: o filiado tem razão. O jogador 27, Richard Ríos Montoya, da equipe visitante, poderia e deveria receber cartão vermelho por jogo brusco grave. Sobre o pênalti em Luciano: o filiado tem razão. O fato é que existe a evidência do choque por trás que tolheu o movimento do atacante, portanto uma falta imprudente foi cometida pelo defensor dentro da área. A decisão técnica é pela penalidade sem necessidade de punição disciplinar”, apontou a FPF a época.

A confusão gerou imensa revolta dos tricolores no Morumbi, onde jogadores e dirigentes protestaram ferozmente e precisaram ser contidos pela polícia nos vestiários. Confira abaixo os brados do presidente Julio Casares:

Todo o protesto e xingamentos foram relatados pelo árbitro Candançan na súmula do Choque-Rei do ano passado, como pode ser visto abaixo.

“Informo que ao final da partida a equipe de arbitragem foi interceptada no túnel que dá acesso ao vestiário dos árbitros, por diversos dirigentes e atletas (Não relacionados) do São Paulo FC. Foi proferido as seguintes palavras pelos dirigentes Fernando Bracalle Ambrogi, Carlos Belmonte Sobrinho, Julio César Casares, ‘safados, que pênalti foi esse, sem vergonhas, filhos da puta, vai tomar no cú, você não vai ficar em paz, desgraçados, o Abel apitou o jogo hoje’”.

“Foi identificado também os Atletas não relacionados para a partida Sr. Márcio Rafael Ferreira de Souza (Rafinha), proferindo as seguintes palavras contra a esquipe de arbitragem ‘Vai tomar no cú, como dá um pênalti desse, safado, você nunca mais vai apitar aqui’, e o Sr. Wellington Soares da Silva (Rato), proferindo as seguintes palavras contra arbitragem ‘safado, vai tomar no cú, filho da puta’. Informo ainda que foi necessária a intervenção do policiamento local com escudos, para retirada das pessoas acima mencionadas”, relatou Matheus Delgado Candançan.

O São Paulo sugeriu então uma punição e afastamento ao juiz da FPF após os erros admitidos, mas foi ignorado, já que a Federação o escalou para partida da rodada seguinte do Campeonato Paulista.