Jogada10
·15 September 2025
Defesa deixa caso, e David Luiz se complica em acusações de ameaça e perseguição

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·15 September 2025
O escritório responsável pela defesa de David Luiz no caso contra Karol Cavalcante, o Sidi & Andrade Advogados, formalizou a renúncia à causa nesta semana. Com a saída dos sete representantes, o zagueiro do Pafos, do Chipre, agora está sem representação jurídica na denúncia. O pedido foi registrado há dias e anexado aos autos do processo, que tramita sob sigilo na Justiça do Ceará.
As partes, tanto o escritório quanto a assessoria do atleta, optaram por não falar publicamente sobre a renúncia — ainda não esclarecida. Sabe-se, porém, que a ausência de defesa técnica pode comprometer o andamento do processo. Como consequência, dificultar a apresentação de contraprovas ou recursos nas fases subsequentes da ação.
A renúncia coletiva dos advogados ocorre em meio ao avanço das investigações por ameaça e perseguição à Karol Cavalcante. A Justiça, aliás, concedeu medida protetiva em favor da denunciante após apresentação de provas que sustentariam suas acusações.
Com a ausência de defesa constituída, o jogador corre o risco de sofrer penalidades processuais. A designação de um defensor dativo ou até a continuidade dos trâmites sem manifestação da parte figuram entre as sanções para este caso.
Caso não apresente novos advogados no prazo legal, a estratégia de defesa poderá ser comprometida. O que afetará diretamente sua posição no processo.
Karol, com quem o zagueiro supostamente mantinha uma relação extraconjugal, afirmou ter recebido mensagens ameaçadoras do jogador. Segundo consta no boletim de ocorrência, David chegou a mencionar o filho da jovem pelas redes sociais.
“Você sabe que tenho dinheiro e poder. Então, não banque a esperta. Seria triste seu filho ter que pagar as consequências dos seus atos. Eu posso simplesmente fazer você sumir”, dizia no print enviado às autoridades.
A vítima relatou sentir “risco real de morte” e comparou o episódio ao caso Eliza Samudio, assassinada em 2010.
O advogado da denunciante, Fabiano Távora, afirmou que as ameaças começaram após Karol recusar um convite para formar um trisal com o jogador e uma amiga dela.
Já na versão do atleta, no entanto, não houve qualquer envolvimento presencial entre as partes. Ele confirmou o contato entre eles, embora tenha o descrito como breve, através das redes sociais, após o recebimento de fotos íntimas não solicitadas. “Todas medidas legais cabíveis estão sendo tomadas”, dizia um trecho da nota.
O zagueiro nega veementemente todas acusações desde que o caso veio à tona. Em pronunciamento anterior por meio de suas redes sociais, o zagueiro reforçou que confia no esclarecimento dos fatos e se pôs como vítima de uma “exposição injusta”.
A assessoria do atleta também declarou que ele não esteve hospedado no hotel citado por Karol, e que aguardava documentos que comprovassem essa versão. O próprio jogador citou que o local disse ter provas que sustentam sua versão.
Do outro lado, Karol relatou à imprensa ter temido pela própria integridade física e afirmou que não buscava notoriedade, mas proteção: “As mensagens me transmitiam medo, angústia. Eu estava assustada. Só quero paz”.