Destaque na Data-Fifa, Estêvão se consolida no modelo de Ancelotti | OneFootball

Artilheiro do Brasil na era Ancelotti, com cinco gols, Estêvão dá passos largos rumo ao protagonismo na seleção principal. Se na base ele parecia um talento inevitável, no futebol europeu já se adapta com naturalidade, e, na seleção, passa a mostrar que seu teto é ainda maior.

O encaixe com a camisa amarelinha tem acontecido de maneira orgânica, sustentado por um repertório técnico amplo: controle orientado, drible curto, capacidade de conduzir em velocidade e tomada de decisões com leveza, como se o peso do cenário não o afetasse.

O destaque absoluto desta Data-Fifa

Contra Senegal, Estêvão marcou um senhor gol, daqueles que misturam gesto técnico perfeito e tomada de decisão madura. No 2 a 0, foi ele quem assumiu o protagonismo do jogo.

Diante da Tunísia, mostrou outra faceta: a tranquilidade. Bateu pênalti como veterano e, mesmo em um time pouco inspirado, foi um dos únicos a oferecer criatividade e agressividade.

A Data Fifa serviu para evidenciar sua versatilidade. Estêvão foi ótimo atacando a profundidade pela direita, onde acelera e desequilibra, mas também se mostrou confortável no corredor central, sendo protagonista na construção e aumentando o volume ofensivo do Brasil de Carleto.

Essa mobilidade é valiosa para o sistema ofensivo de Carlo Ancelotti. A ex-joia do Palmeiras é um gerador de jogo, alguém que ativa triangulações, quebra linhas e encontra vantagens em zonas diferentes.

A disputa com Raphinha muda de patamar

Até pouco tempo, parecia óbvio que Raphinha, hoje lesionado, era o dono incontestável da posição. Mas o futebol desmonta hierarquias rapidamente.

E Estêvão, especialmente nesta Data-Fifa, mostrou que seu lugar no time é algo inegociável. Ele não é mais um jovem entrando para ganhar minutos, é uma solução. Uma peça que muda a dinâmica ofensiva, que verticaliza, que decide.

A grande verdade é simples: Ancelotti tem um problema, mas um problema ótimo. Raphinha seguirá sendo útil, tático, competitivo. Mas Estêvão já joga num nível que exige titularidade. Cabe ao treinador encontrar outro espaço, outro encaixe. Porque tirar o jovem do time deixou de ser uma opção.

O Brasil ainda fará novos amistosos em 2026, etapas importantes no processo de afinar ideias, consolidar comportamentos e estabelecer uma espinha dorsal definitiva para a Copa do Mundo. E o relógio não para: faltam pouco mais de seis meses para o início do Mundial.

Se havia espaço para dúvida em relação a Estêvão, esta Data-Fifa tratou de eliminá-la. Hoje, pelo que joga, pelo que entrega e pelo que transforma no ataque brasileiro, a discussão não é mais “se vai jogar”. A discussão é quem vai jogar ao lado dele.