Diego Alves escreve carta à torcida do Flamengo: ‘Poucos entram para história’ | OneFootball

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·22 November 2024

Diego Alves escreve carta à torcida do Flamengo: ‘Poucos entram para história’

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O título da Libertadores do Flamengo em 2019 completa cinco anos, neste sábado (23). E para relembrar o momento, o ex-goleiro Diego Alves, que participou de todos os jogos da campanha histórica, escreveu uma carta aberta aos torcedores sobre sensação do momento. Em um dos trechos, ele relembrou da sensação ao ver Gabigol protagonizar a virada história na final.

“Se o primeiro gol foi uma explosão, o segundo foi diferente. Não teve o mesmo ambiente. Alguns ainda comemoravam o primeiro gol. Mas a maioria chorava. Um grito abafado pelas lágrimas. Era um sentimento que só quem viu a geração do Zico pode falar. 38 anos depois. No mesmo dia que os ídolos imortais ganharam a primeira Libertadores, quis o destino que a gente tivesse a honra de acabar com um jejum de 38 anos na mesma data”, disse Diego Alves.


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No documento publicado pela “ESPN”, Diego Alves cita, ainda no início do texto, uma frase exaltando os jogadores que fizeram parte da conquista da Libertadores.

“Muitos passaram, muitos tentam, mas poucos entram para história. Eu sabia que seria preciso passar por muita coisa para que lá na frente essa frase fizesse sentido na minha trajetória pelo Flamengo”, disse o ex-goleiro.

O Flamengo, aliás, passou pela fase de grupos, onde enfrentou LDU (EQU), Peñarol (URU) e San José (BOL). Ademais, no mata-mata, o Fla encarou Emelec (EQU), Internacional, Grêmio e, na decisão, River Plate (ARG).

Diego Alves, afinal, chegou no Flamengo em julho de 2017 e deixou o clube no final de 2022. Com a camisa do clube, ele atuou em 216 jogos. Além disso, conquistou no Mengo: dois Brasileiros, duas Libertadores, uma Copa do Brasil, duas Supercopas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e três Cariocas.

Trechos da carta de Diego Alves

“Sofremos bastante com um River Plate no primeiro tempo. Nosso jogo não encaixava. Levamos um gol bobo. Mas em nenhum momento nos desconcentramos.

O tempo passava. A tensão aumentava. O time mudava as peças, mas quem continuava mantinha a organização. Esse era nosso diferencial. E foi dessa forma que chegamos ao gol de empate. Não sabíamos que faltava tão pouco tempo quando o Diego pressionou, o Arrasca deu o carrinho e enxergou o Bruno. Lá do gol, eu falei: ‘Bruno, vá para o gol’. Eram 5 nossos contra 3 deles. Mas o Bruno para. E faz uma magia até a bola chegar no Arrasca, que dá um carrinho e encontra o Gabi. 1 a 1. Que alívio. Que emoção.

Eu lembro que o Everton Ribeiro veio até a mim e disse ‘vamos segurar e ganhar na prorrogação. Eles estão mortos’. No calor do jogo, eu falei ‘tudo bem. Vamos administrar’. Eu toco a bola para o Rafinha, que joga no Rodrigo Caio, que volta no Rafinha. E a bola chega ao Diego. O Diego vai e manda para frente. Um lançamento para o Gabigol, que ali brigou com o Pinola. Gol.

Quando acaba o jogo, eu via que ali minha história e dos meus amigos iria mudar. Na hora de levantar a taça, ficou naquela: quem vai levantar? Ribas, Ribeiro e eu fomos capitães daquele ano. E aquela cena de nós 3 levantando a taça juntos marcou aquela geração. Foi um momento perfeito para consagrar a união daquele grupo que virou uma família.”

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