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·23 Oktober 2025
Em crise arrastada, Ajax tem seu pior início de Champions League

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·23 Oktober 2025
O Ajax vem de duas temporadas desastrosas e a crise parece se arrastar para 25/26 também. Depois de frequentar a zona de rebaixamento do Campeonato Holandês em um ano e perder "o título mais ganho da história" para o maior rival no seguinte, o clube faz o seu pior início de UEFA Champions League na história e também não deslancha no cenário nacional.
Nos três primeiros jogos, o tetra da Champions perdeu em casa para a Internazionale, foi goleado na França contra o Marseille e, nessa quarta-feira (22), sofreu outro grave revés, frente ao Chelsea na Inglaterra. Já não bastasse isso, o começo de Eredivise pouco empolga enquanto o rival Feyenoord desponta na liderança.
Enquanto o PSV faz um bom início de UEFA Champions League, com uma vitória (um verdadeiro atropelo em cima do campeão italiano Napoli), um empate e uma derrota em seus três primeiros jogos, o Ajax vive um caos e faz seu pior início na história da competição europeia. O clube de Eindhoven sonha com vaga nos playoffs e até mesmo direto nas oitavas, mas o Ajax parece traçar um caminho totalmente oposto.
A equipe de Amsterdã nunca havia perdido as três primeiras partidas de uma Champions League, como aconteceu em 25/26. E, em só duas ocasiões, o clube perdeu mais de três vezes numa edição do torneio. Foi nas temporadas 03/04 e 04/05, quando os holandeses deram adeus ainda na fase de grupos. Mas não foram três derrotas consecutivas.
Com as derrotas por 2 a 0 para a Internazionale, por 4 a 0 para o Marseille e 5 a 1 para o Chelsea, o Ajax tem, em 25/26, a pior defesa do torneio, empatado com o Frankfurt, com 11 gols sofridos, e o pior ataque, com um mísero tento anotado, ao lado de Kairat, Pafos FC e Olympiacos. E tudo isso na temporada que o clube voltou a disputar a Champions após duas de ausência, algo raro, já que eles marcaram presenças antes em todas as edições desde 10/11.
Mesmo com esse mau início, ainda há a possibilidade de reverter a situação. Isso porque o Ajax enfrenta Galatasaray, Benfica, Qarabag, Villarreal e Olympiacos pela fase de liga. Mas fato é que o futebol não empolga e os resultados não vêm. A olhar pelo Campeonato Holandês.
De Godenzonen também não conseguem brilhar no cenário nacional. São quatro vitórias, quatro empates e uma derrota nos nove primeiros jogos, com pontos perdidos contra equipes inferiores. O clube ocupa a quarta colocação com 16 pontos, enquanto o Feyenoord dispara na liderança com 25.
A grande realidade é que a tragédia do Ajax vem sendo arrastada há anos. Não faz muito tempo que o clube teve o pior começo de sua história. Na temporada 23/24, com quedas precoces na copa nacional, na Europa League e com uma modesta quinta colocação na Eredivise, depois de ter passado algum tempo na zona de rebaixamento, os holandeses estiveram longe da disputa por troféus.
Tudo degringolou com as saídas do treinador Erik ten Hag e dos diretores e ídolos Marc Overmars e Van der Sar. Dali em diante, o Ajax passou por péssimas janelas de transferências, contou com saídas de grandes nomes, tais quais Sébastien Haller, André Onana e Lisandro Martínez, e não teve peças de reposição à altura.
Depois da má atuação em 23/24, o pesadelo se instaurou na temporada seguinte. Faltando sete rodadas para o fim do Campeonato Holandês, o Ajax foi derrotado pelo PSV. A distância entre os clubes era de nove pontos, e o título do clube de Amsterdã parecia questão de tempo, mas não foi o que ocorreu.
O Ajax de Francesco Farioli acumulou vexames naquela reta final de temporada. Perdeu por 4 a 0 para o FC Utrecht fora, foi derrotado por 3 a 0 pelo NEC diante de seus torcedores, foi ultrapassado na liderança com a boa fase do PSV e perdeu aquele que foi consagrado como "o título mais ganho da história", por alguns veículos holandeses, para o maior rival.
Todo esse pesadelo parece continuar em Amsterdã. Mesmo com a saída de Farioli, a chegada de um novo comandante, o ex-zagueiro John Heitinga, contratações milionárias como Oscar Gloukh e Kasper Dolberg, além de algumas saídas, a aura negativa parece seguir na Johan Cruyff Arena.