Em crise, Benfica leva virada do Qarabag | OneFootball

O Benfica era o favorito e queria dar um pontapé na crise. Até começou bem e esboçou  uma devida reação, mas as Águias recuaram cada vez mais, demonstraram passividade e permitiram a reviravolta (histórica) do Qarabag, que venceu na Luz por 3 a 2 em vitória histórica: foi o primeiro triunfo do clube e também de uma equipe do Azerbaijão na Liga dos Campeões.

O Benfica queria mostrar outra cara, depois do empate com o Santa Clara, e Bruno Lage, ex-técnico do Botafogo, mudou um pouco o desenho, com a entrada de Sudakov no meio. Como um todo, as Águias entraram melhor, a pressionar alto e isso criou enormes dificuldades ao Qarabag na construção. Além disso, a presença do meia ucraniano no último terço trouxe dinâmicas diferentes, e mais imprevisíveis, tanto pelos seus movimentos de ruptura, como pela sua qualidade de passe. A equipe parecia outra.

Por isso mesmo, o gol que abriu o placar surgiu com alguma naturalidade, com Enzo Barrenechea a completar um escanteio de Sudakov na esquerda, aos seis minutos.

10 minutos depois, foi a vez de Pavlidis ampliar, depois de ser desmarcado por Sudakov - com ajuda de um corte errado - na área azeri. O Benfica entrava bem e parecia ter o jogo controlado, mas o vendo começou a soprar para o outro lado.

Os encarnados foram baixando um pouco de intensidade com bola, pressionando bem menos e se tornaram passivos, o que fez o Qarabag crescer. Os azeris foram empurrados pela velocidade do seu ataque e acabaram por reduzir aos minutos, com Leandro Andrade, na sequência de uma cobrança de lateral.

Foram além e o Benfica passou por um sufoco nos 15 minutos seguintes, colecionando erros, ao ponto de Trubin ser herói, contando ainda com a trave. O quadro foi ainda mais preocupante na volta do intervalo.

Depois de uma primeira parte bipolar, o Benfica voltou a deixar a desejar no início do segundo tempo e o Qarabag aproveitou a passividade adversária para empatar, logo aos três minutos: Jankovic achou Camilo Durán na esquerda da área e o colombiano deixou tudo igual.

Bruno Lage tentou mexer na equipe e mudou o desenho, voltando ao habitual 4-4-2, com as entradas de Ivanovic e Prestianni - e Sudakov na esquerda. Isto trouxe nova intensidade à ala direita encarnada, mas também retirou criatividade no miolo e o técnico, pouco depois, colocou mesmo toda a "carne no assador", com Leandro Barreiro e Henrique Araújo.

No entanto, houve poucas (ou nenhumas) melhorias. O Benfica foi arriscando cada vez mais e se abriu por completo defensivamente. O Qarabag não se apequenou, aproveitou esse espaço dado e acabou por congelar o Inferno da Luz aos 41, quando Kashchuk aproveitou uma passividade enorme e completou a reviravolta.