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·24 Oktober 2025

Entre o brilho individual e a frustração coletiva: Bruno Fernandes alcança 300 jogos pelo United

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Quando entrar em campo contra o Brighton, neste sábado, Bruno Fernandes alcançará uma marca simbólica no Manchester United: 300 partidas oficiais.

Aos 31 anos, o médio português atinge este número num cenário que reflete bem a sua trajetória em Old Trafford, repleta de protagonismo individual, mas marcada por uma constante sensação de que o clube ficou aquém do que poderia ter sido.


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Desde que chegou a Manchester, em janeiro de 2020, vindo do Sporting, Bruno rapidamente se tornou o motor criativo da equipa. Em 299 jogos até agora, soma 100 golos e 85 assistências, números impressionantes para um médio. Poucos jogadores tiveram um impacto semelhante na Premier League em termos de produtividade. No entanto, o rendimento coletivo dos red devils não acompanhou o brilho do seu camisola 8.

Do auge imediato à estagnação coletiva

Bruno chegou durante a temporada 2019/20, quando a equipa era comandada por Ole Gunnar Solskjaer. A adaptação foi instantânea: o português revolucionou o meio-campo, transformou o estilo ofensivo e conduziu o United ao segundo lugar da Premier League em 2020/21, com 45 participações diretas em golos. Parecia o início de uma nova era.

Mas, desde então, o projeto perdeu-se. Com Solskjaer, a equipa mostrou limites táticos; com Ralf Rangnick, a identidade perdeu-se de vez... e, mesmo sob Erik ten Hag, que foi campeão da Taça da Liga em 2022/23 e da FA Cup em 2023/24, o United nunca chegou perto de competir de forma consistente com Manchester City, Liverpool ou Arsenal.

Bruno Fernandes também assumiu a liderança do plantel, tornando-se capitão e voz ativa no plantel, mas o seu temperamento, por vezes explosivo, também o tornou alvo de críticas. Houve questões acerca da sua postura em momentos de crise, especialmente nas derrotas pesadas e nas eliminações europeias. Ainda assim, a sua entrega nunca foi colocada em dúvida.

O balanço geral do período de Bruno Fernandes é ambíguo: individualmente, um sucesso; coletivamente, uma deceção. Ele devolveu competitividade a uma equipa desorganizada, mas não conseguiu transformar a sua influência em conquistas duradouras. Parte disso deve-se à instabilidade estrutural do clube: problemas administrativos, trocas de treinadores, más contratações e a ausência de um projeto desportivo consistente.

Hoje, com 31 anos e às vésperas do seu jogo número 300, Bruno é símbolo de uma era de transição: aquela em que o Manchester United teve talento, mas não teve rumo.

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