Ex-Flamengo vê 'péssima' estreia de Ancelotti e dispara: 'Pele não é verde e amarela' | OneFootball

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·8 September 2025

Ex-Flamengo vê 'péssima' estreia de Ancelotti e dispara: 'Pele não é verde e amarela'

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Ainda que Carlo Ancelotti venha fazendo um início bem mais animador à frente do Brasil do que os últimos treinadores, como Dorival Júnior e Fernando Diniz, há quem não goste do italiano no comando. E Abel Braga, ex-treinador do Flamengo, reconheceu o estranhamento ao ver o técnico à beira do gramado.

Abel garantiu que o incômodo não se dá por uma suposta falta de qualidade para dirigir o Brasil, mas simplesmente pelo fato de Ancelotti não ser brasileiro. Para o veterano, não há mais fé nos treinadores formados no país, o que se estende também aos clubes do futebol brasileiro.


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"Incomoda. Não estou falando da qualidade do cara, todo mundo que o conhece diz que ele é muito bom. Só que você abre o paletó e a pele não é verde e amarela. Os cinco títulos mundiais foram conquistados por brasileiros. Fica uma certa tristeza, porque ninguém acredita em treinador brasileiro por conta de resultados. Nos clubes, é a mesma coisa", desabafou ao "ge" do Paraná.

Abel Braga vê Ancelotti 'aliviado' pela imprensa

Com passagens por inúmeros times do Brasil, incluindo os quatro do Rio de Janeiro, Abel ainda disparou uma crítica a Ancelotti. Para ele, a estreia do treinador à frente da Seleção, contra o Equador, foi "péssima" — mas a avaliação da imprensa após o jogo não refletiu isso.

Assim, para Abel, há uma espécie de benevolência da mídia com o treinador italiano. Algo que o ex-treinador acredita que seria muito diferente se fosse um brasileiro à beira do gramado. Desta forma, a pressão sobre Ancelotti teria diminuído para os jogos seguintes.

"O primeiro jogo do Ancelotti foi feio, péssimo, time nervoso, atrás. No dia seguinte, fiquei surpreso lendo os comentários. Não se falava da atuação, falavam que o Brasil estava mais próximo da Copa. Se fosse o Dorival, Diniz, não ia ser assim. Seria porrada o tempo todo. Como teve esse alívio pela imprensa, isso puxou para os outros jogos", analisou.

Seleção de Ancelotti tem reconquistado o povo?

Por outro lado, Abel disse enxergar algo de bom no momento atual da Seleção: a recuperação da união com o povo. Ainda que de forma tímida, o ex-técnico elogiou essa reaproximação e destacou certa melhora na equipe durante a última apresentação, contra o Chile.

"Antes, a Seleção ia jogar, colocavam bandeira na rua, era notícia no topo do jornal. E se reconquistou um pouco isso no jogo contra o Paraguai. Uma forma de jogar um pouco diferente, intensidade boa, acho que vai ter uma sequência boa", disse.

Abel avalia se Seleção vai levar Copa do Mundo e opina sobre Neymar

Por fim, Abel Braga tratou de dois assuntos finais: as chances na Copa do Mundo e a celeuma em torno da não convocação de Neymar. Primeiro, admitiu que não espera ver o Brasil campeão no ano que vem — mas prevê um futuro interessante com a safra de Endrick, Estêvão e outros.

"Espero estar errado, mas eu não acredito que vai ser campeão mundial. Ainda vai esperar mais um pouco. Essa outra leva, com Endrick, Estêvão, esses caras vão conquistar. São todos fora de série", prevê.

Sobre Neymar, Abel concordou com a decisão de Ancelotti de não chamar o atacante neste momento. Afinal de contas, o ex-Barcelona tem dificuldades para comandar um Santos que tenta se afastar da zona do rebaixamento, com números que não necessariamente empolgam.

No entanto, Abel Braga fez uma ressalva: em boas condições físicas, Neymar precisa ser incluído na lista da Seleção. Como argumento, o ex-treinador ressalta que o atacante "preocuparia o adversário", fala que se tornou comum para justificar a presença do jogador nos últimos tempos.

"Tem que ter ambiente bom, todo mundo com o mesmo objetivo. Isso acho que está sendo um início interessante com o Ancelotti. Não chamaria o Neymar hoje, mas chamaria sempre. Ele preocupa demais o adversário", finalizou Abel Braga.

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