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Ex São Paulo desabafa sobre depressão, festas e dispensas

Rafael Ratão, atacante criado nas categorias de base do São Paulo, abriu o jogo sobre sua trajetória marcada por altos e baixos, revelando episódios difíceis relacionados à depressão, festas e indisciplina que impactaram sua carreira no futebol. Aos 29 anos, o jogador que atualmente brilha emprestado no Japão, no Cerezo Osaka, falou com sinceridade sobre seus erros do passado e sobre o processo de superação que vem fazendo, incluindo o tratamento contínuo contra a doença mental.

O jogador contou que no início da carreira no São Paulo não levava a sério os compromissos, chegando a faltar treinos e a frequentar festas até altas horas, o que prejudicou seu rendimento e motivação. Ele lembrou da dificuldade em conciliar a rotina intensa de treinos e deslocamentos com a vida fora dos gramados, além de admitir que o dinheiro recebido na base o levou a comportamentos equivocados para a idade que tinha.

Após ser dispensado do São Paulo, Rafael passou por um período sem clube e até chegou a trabalhar como servente de pedreiro, antes de tentar retomar a carreira na Ponte Preta. No entanto, os problemas extracampo continuaram a interferir em seu desempenho, com episódios de indisciplina que quase encerraram seu sonho. Somente com a ida para o exterior, especialmente à Europa e Ásia, e com o apoio de colegas brasileiros em clubes japoneses, ele conseguiu mudar sua mentalidade e reestruturar sua carreira.

Rafael Ratão também abordou abertamente sua luta contra a depressão, que teve início durante seu período na Europa, onde ficou afastado da família e enfrentou momentos de isolamento. Ele enfatizou a importância do apoio psicológico e da fé para superar esse período difícil, ressaltando que, apesar das sequelas e desafios, hoje está com a cabeça mais equilibrada e focado em viver uma fase mais saudável dentro e fora dos campos. Sua história é um exemplo de resiliência e aprendizado para outros atletas que enfrentam problemas semelhantes.