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·28 September 2025

Filipe Luís completa 1 ano como técnico do Flamengo: títulos, números e evolução

Gambar artikel:Filipe Luís completa 1 ano como técnico do Flamengo: títulos, números e evolução

Oficializado como treinador do Flamengo no fim de setembro de 2024, Filipe Luís está prestes a completar um ano no cargo — e com sucesso. Neste contexto, o MundoBola Flamengo inicia neste sábado (27) uma sequência de três matérias que abordam diversos aspectos da vida do ex-lateral no Rubro-Negro desde então.

No texto deste sábado, abrindo a série, relembraremos com maior destaque os acontecimentos dentro de campo, principalmente em relação às conquistas e aos momentos felizes. Além disso, você encontra também números que embasam as opiniões e mostram a força deste início de carreira. Não perca!


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A chegada de Filipe Luís ao comando do Flamengo

A história de Filipe Luís como treinador do Flamengo começa no segundo semestre de 2024, época em que duas coisas aconteciam ao mesmo tempo. Por um lado, o ex-lateral fazia ascensão rápida nas categorias de base; por outro, o time profissional sofria de falta de ideias e um futebol absolutamente sem graça.

Com a queda na Libertadores para o Peñarol, no dia 26 de setembro, a situação de Tite ficou insustentável. O time caiu de forma inócua, sem marcar um gol em 180 minutos e, principalmente, sem mostrar qualquer sinal de reação. Após o jogo seguinte, contra o Athletico-PR, Adenor foi demitido do comando técnico.

Para o lugar do ex-Seleção, a diretoria então encabeçada por Rodolfo Landim apontou Filipe Luís, que ainda comandava o sub-20. A desconfiança foi natural, já que o ex-jogador ainda dava os primeiros passos na nova profissão e assumiria o time na semifinal da Copa do Brasil. E isso foi vital para o sucesso.

Logo em seu primeiro jogo, Filipe Luís estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, justamente pela semifinal da Copa do Brasil. Em um jogo em que a torcida demonstrava esperança de dias melhores, a sinergia foi outra e o apoio passou a se manifestar de forma completamente diferente.

O título da Copa do Brasil e o início vitorioso

A forma de jogar do Flamengo mudou e, ainda que não fosse evoluída como se apresenta em 2025, dava sinais de uma mentalidade totalmente diferente. Após a vitória na ida, o Flamengo sustentou um 0 a 0 importante na Neo Química Arena para ir à final. E com a primeira sacada genial de Filipe Luís.

Com Bruno Henrique expulso ainda no primeiro tempo, a possibilidade de uma pressão incessante do Corinthians aumentou muito. O treinador optou pela entrada do zagueiro Fabrício Bruno e torceu alguns narizes, mas a opção se provou correta e o time praticamente não sofreu.

Na final, o 3 a 1 sobre o Atlético-MG na ida já trouxe a ideia de que o título estava próximo, e ainda foi coroado com um novo triunfo na volta, por 1 a 0. Ou seja, além de ser campeão com duas vitórias, o Rubro-Negro ainda fez isso na casa do rival, que viu sua torcida se revoltar ao apito final.

E é importante ressaltar que não foi só o título que agradou à torcida. Filipe Luís mudou algumas coisas que Tite vinha fazendo, deu novas oportunidades e a cara do time passou a ser outra. A personificação disso foi Gabigol, que voltou a jogar e foi decisivo para a conquista da Copa do Brasil.

Com a taça garantida, não é de se ignorar o peso que isso traz para um início de trabalho. Afinal de contas, Filipe Luís precisou de apenas alguns jogos para mudar a mentalidade do torcedor, que vinha preocupado com o futebol praticado pelo Flamengo. A mudança seguida de título deu esperança de dias melhores e acalmou uma pressão que poderia ser terrível para um treinador iniciante.

Consolidação em 2025 com Carioca e Supercopa

Com a virada do ano, os questionamentos giravam em torno de o time manter o rendimento de uma temporada para outra. E o trabalho falou por si só, com um time alternativo nas primeiras rodadas do Carioca e o foco à Supercopa do Brasil, contra o Botafogo.

O Rubro-Negro não só venceu o rival para conquistar o torneio, por 3 a 1, como também foi até o fim do Estadual e voltou a erguer a taça sobre o Fluminense. Mais uma vez, Filipe Luís mantinha a sequência de resultados positivos e ia apenas crescendo sob os olhares da torcida.

A primeira derrota do treinador em 2025 viria apenas no dia 9 de abril, contra o Central Córdoba, com direito a uma zebra daquelas no Maracanã. Depois disso, perdeu apenas quatro vezes, para Cruzeiro, Bayern de Munique, Santos e Atlético-MG.

Os números que impressionam

O aproveitamento de Filipe Luís no Flamengo e os números acumulados pelo treinador chamam atenção. Sem exagero, a amostra pequena dá a entender que o técnico atua em um daqueles centros dominados por um só time, dando a tônica do quanto o trabalho tem sido positivo até o momento.

Filipe Luís já fez 68 jogos pelo Flamengo desde que assumiu o time profissional, com 45 vitórias, 17 empates e apenas seis derrotas. O aproveitamento é bastante alto, de 74,5%, com 121 gols marcados e 38 sofridos. Ou seja, o time marcou quase dois gols por jogo e sofreu 0,5 por partida, em média.

Para efeito de comparação, o MundoBola Flamengo separou também alguns aproveitamentos de técnicos que passaram pelo Rubro-Negro nos últimos anos. Confira abaixo e perceba a diferença para Filipe Luís.

  • Jorge Jesus: 81,2% — 43 vitórias, 10 empates e 4 derrotas em 57 jogos
  • Filipe Luís: 74,5% — 45 vitórias, 17 empates e 6 derrotas em 68 jogos
  • Renato Gaúcho: 72% — 24 vitórias, 8 empates e 5 derrotas em 37 jogos
  • Paulo Sousa: 66,7% — 19 vitórias, 7 empates e 6 derrotas em 32 jogos
  • Tite: 65,6% — 41 vitórias, 11 empates e 16 derrotas em 68 jogos
  • Doménec Torrent: 62,3% — 13 vitórias, 4 empates e 6 derrotas em 23 jogos
  • Jorge Sampaoli: 60,6% — 20 vitórias, 11 empates e 8 derrotas em 39 jogos
  • Vítor Pereira: 57,4% — 10 vitórias, 1 empate e 7 derrotas em 18 jogos

O impacto no elenco e a identificação com o clube

A rápida adaptação de Filipe Luís ao cargo de treinador do Flamengo também pode ser explicada por alguns fatores. O primeiro e mais óbvio é o conhecimento do ex-lateral sobre o clube, já que encerrou a carreira nele — e com direito a momentos históricos, em uma passagem bastante intensa.

Isso certamente facilitou a transição para o lado de fora dos campos, bem como o início — ainda que curto — nas categorias de base. Foi o suficiente para levar o Flamengo Sub-20 ao título mundial, por exemplo, o que não pode de forma nenhuma ser considerado pouca coisa.

Essa cancha ajudou Filipe Luís a chegar no profissional também olhando para a base, e principalmente conhecendo nomes como Wallace Yan, Joshua, João Victor, Carbone, Léo Nannetti e outros talentos das camadas inferiores rubro-negras. Também foi importante em avaliações de Matheus Gonçalves e Lorran.

E um ponto, já citado neste texto, também foi vital: o desprendimento de amarras impostas por Tite. E, novamente, o maior símbolo disso é Gabigol. Recebendo confiança novamente do novo treinador, o atacante voltou ao time e foi decisivo na Copa do Brasil, antes de partir para o Cruzeiro.

Ou seja, em um clube que buscava uma correção de rota urgente após o trabalho de Tite, que fez o time fugir da identidade rubro-negra, Filipe Luís trouxe bem mais que isso. Identificado com o clube e ciente dos anseios do torcedor, o ex-lateral ignorou a pressão e deixou claro: não só entende a grandeza do Flamengo, como está inteiramente focado a ampliá-la nos próximos anos.

Aviso de Jogo Responsável: as apostas esportivas envolvem riscos financeiros. Não há resultados garantidos, e as odds podem variar até o início e durante a partida. Aposte com responsabilidade, apenas valores que esteja disposto a perder. Proibido para menores de 18 anos.

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