Portal dos Dragões
·17 Desember 2025
Francesco Farioli admite que “chegar à final da Taça é um objetivo do FC Porto”

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A 72 horas do triunfo sobre o Estrela da Amadora (3-1), na 14.ª jornada, o FC Porto regressa ao Dragão para receber o FC Famalicão esta quinta-feira, às 20h45, nos oitavos de final da Taça de Portugal (RTP1). Na antevisão de “um jogo muito aberto entre duas equipas que querem seguir em frente”, Francesco Farioli reconheceu que “os jogos a eliminar têm um sabor diferente” e afirmou ter um grupo “preparado para todos os cenários”, sublinhando que “a motivação é seguir em frente” e que “quem quer chegar à final tem de ganhar todos os jogos”.
“Este jogo merece toda a atenção e deve ser encarado com a atitude certa”, reforçou o técnico, convicto de que “ganhar jogos de futebol a este nível exige muita atenção ao mínimo detalhe” e da necessidade de os jogadores “estarem ligados desde o início”, “preparados e muito atentos em todos os momentos”. “Este Clube entra em todas as competições com o desejo de as disputar até ao fim e de competir por títulos”, acrescentou o treinador na sala de imprensa do CTFD Jorge Costa.
Novo duelo na prova rainha“Já defrontámos o Famalicão na Liga e num dos últimos amigáveis de pré-época, conhecemo-los bem, eles também nos conhecem bem e temos de ter isso em conta. Vai ser um jogo a eliminar, por isso tem um gosto diferente. Espero um adversário mais agressivo do que aquele que vimos em Famalicão, para o campeonato, porque é uma das equipas com melhor percentagem de recuperação de bola no meio-campo adversário, são os quintos na Liga neste parâmetro, e estou à espera que mantenham essa matriz. Vai ser um jogo muito aberto entre duas equipas que querem seguir em frente.”
Mora e Veiga juntos?“É uma possibilidade. O Rodrigo pode jogar tanto a 8 como a 10 ou extremo e também já jogou a falso 9. É possível estarem os dois em campo, tanto de início como durante o jogo, estamos abertos aos dois cenários.”
O Jamor como objetivo“Chegar à final e ganhar a Taça é um objetivo nosso e do Famalicão. Antes de jogarmos contra eles, em novembro, eu disse que apreciava muito a sua organização tática, graças ao trabalho do treinador, e vejo que eles têm ideias muito claras com e sem bola. O jogo de amanhã vai depender muito da abordagem deles, da forma como vêm jogar ao Dragão, se vão pressionar alto ou jogar na expetativa, com as linhas recuadas. Cabe-nos encontrar a resposta certa e as soluções ideais e estarmos ligados desde o início até aos 90 minutos ou até mais, caso seja necessário.”
Gestão do plantel“Não vou individualizar porque não faz sentido. Prefiro focar-me na gestão da equipa ao longo da temporada. Num Clube destes, entramos em todas as competições com o desejo de as disputarmos até ao fim e competimos por títulos, o que significa que temos de ganhar os jogos que vamos disputando. Claro que temos de gerir o esforço dos jogadores, porque a época é longa, mas também não podemos gerir demasiado porque precisamos de ter um onze competitivo e vários jogadores prontos a entrar. A verdade é que temos um plantel muito equilibrado, à exceção das posições em que perdemos dois jogadores para o boletim clínico, mas de resto estamos bem servidos. Claro que durante a época podem haver mais lesões, mas no geral acho que toda a equipa está preparada para jogar e está acima dos 92%, uma estatística fantástica, tendo em conta o nosso calendário. A Taça é uma oportunidade boa para rodar o plantel, gerir o cansaço do grupo e promover algumas alterações, tendo sempre em conta a forma como o jogador esteve durante a semana e a confiança que sinto nele. Tenho dado várias oportunidades e isso é muito bom.”
Kiwior e Prpic a central?“Não sou um grande fã de duplas de centrais esquerdinos, mas se calhar é um dogma meu. É uma possibilidade que estamos a considerar para o jogo em Alverca, porque temos o Bednarek suspenso, e este é o momento para todos estarem prontos. Já falei das diferentes possibilidades, de o Pablo jogar como central, de jogar com dois centrais esquerdinos… são hipóteses em cima da mesa e o Dominik (Prpic) tem jogado menos do que o Kiwior, mas sempre que joga faz boas exibições, é um jogador adorado pelos adeptos pelo seu carácter, pela forma como entra em campo. É um soldado, terá oportunidades muito em breve e estou certo de que irá defender a equipa como deve ser. Com o Kiwior ao lado? É uma possibilidade.”
Olhar atento sobre a equipa B“Estou atento ao que acontece na equipa B, porque já estava habituado a fazê-lo noutros clubes e acho que para o Clube pode ser importante, porque desenvolver os talentos jovens é uma chave para o futuro. Estamos em sintonia nisto, acompanhamos o trabalho da equipa B e temos alguns membros do staff que fazem a ponte entre as duas equipas e partilham informação. Estou impressionado com o João Teixeira, tem um perfil muito interessante, tem boa capacidade técnica e física, é muito explosivo, tem muitas qualidades. Seja o João Teixeira, o Bernardo Lima ou qualquer outro jogador que se queira estrear na equipa A, eles têm mesmo de trabalhar e ajudar a equipa quando treinam connosco. Somos muito exigentes. Gostava de destacar a evolução do Ángel Alarcón desde o início da temporada. Quando chegou não estava ao mesmo ritmo, voltou à equipa B e a determinada altura eu senti que ele estava pronto e, numa semana, parece que sentiu um clique e hoje é um jogador capaz de ajudar a equipa, seja de início ou a entrar depois, e tem tudo para ter uma grande carreira.”
Possível clássico nos quartos“A motivação é seguir em frente, porque se queremos chegar à final e festejar a conquista da Taça temos de ganhar todos os jogos. Até lá teremos de defrontar as melhores equipas em prova e o jogo de amanhã é o jogo mais competitivo até ao momento, por isso estamos focados nele e sabemos que merece toda a atenção e deve ser encarado com a atitude certa.”
Mercado e reforços“Temos mais de 90% dos nossos jogadores prontos para jogar e isso é incrível e diz muito do profissionalismo dos jogadores, da forma como o staff trabalha e do esforço que a equipa médica faz para que os jogadores estejam recuperados. São três elementos-chave para o nosso sucesso. Ainda assim, temos a lesão do Luuk de Jong e do Nehuén Pérez, as duas surgiram de contactos, e isto pode continuar a acontecer, por isso estamos a trabalhar para tentar perceber o que podemos fazer para colmatar estas ausências. Temos a ambição de tornar a equipa mais forte e equilibrada nos setores em que estamos desfalcados. Não nos podemos esquecer dos jogadores que já cá estão e trabalham para ter um lugar. Essa é uma mensagem que quero deixar para os jogadores que possam juntar-se a este grupo, têm de vir com o mindset certo e com vontade de ajudar, de colocar os interesses do clube acima de tudo e demonstrar que têm a qualidade e as características necessárias para ajudar a equipa e competir até ao fim.”
Conter as limitações das lesões“Uma das minhas responsabilidades é ver mais além do que o jogo de amanhã. Gosto de pensar nos próximos quatro ou cinco jogos, de antever cenários e de gerir o cansaço físico e mental, porque quero ter jogadores frescos nas pernas e na cabeça e com muito desejo de competir. Para trabalhar assim é preciso ter um grupo de jogadores que compreendem o processo, que aceitam as minhas decisões e que me deixam confortável pensando assim. Definimos o plano A, B e C, mas o mais comum é o plano B, porque há sempre uma lesão, um castigo e tudo muda quando se mexe numa peça do puzzle. É sempre melhor ter mais do que um plano e, se for preciso, cá estaremos para nos adaptarmos. Pesando todos os cenários, o foco está no jogo de amanhã e em dar o máximo nos desafios que temos pela frente, porque ganhar jogos de futebol a este nível exige muita atenção ao mínimo detalhe e temos de estar preparados e muito atentos em todos os momentos.”









































