Mercado do Futebol
·14 November 2024
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Na noite de ontem (13), em jogo atrasado pela 32ª rodada do Brasileirão 2024, o Galo visitou o Flamengo pela primeira partida pós final da Copa do Brasil, e empatou em 0 a 0 no Maracanã, resultado que fez o alvinegro voltar a pontuar no Brasileirão.
Após o jogo, o comandante Gabriel Milito falou sobre a mudança de postura do time ao longo do confronto, e analisou a grande atuação do goleiro Everson. Para Milito, o time foi superior ao rival na segunda metade do duelo.
“Foram dois tempos muito diferentes. Primeiro tempo, domínio muito grande do Flamengo sobre nós. Nos custou muito defender o ataque deles, e também nos custou muito ter a bola e gerar ataques. Fomos superados, claramente, nos primeiros 45 minutos. Recebemos ataques, inclusive um pênalti. Everson, uma vez mais, esteve sensacional. Tivemos que mudar nossa estrutura defensiva. Imaginávamos que eles poderiam atuar dessa maneira, no 3-5-2, mas nos complicou a posição do Michael como atacante pela direita, se juntando ao Wesley, com Matheus Gonçalves. Eles teriam 3 jogadores ali contra 2 nossos, nos custou controlar. Depois, com estrutura para tentar controlar melhor o seu ataque, em primeiro lugar. Era o primeiro que tivemos que fazer, estávamos sofrendo demais. A partir desse controle, começar a ter as nossas ocasiões. Foi o que conversamos no intervalo. Mudamos essa estrutura defensiva, que era de 5-2-1-2, com Bernard. Segundo tempo, isso não poderia seguir igual. Nos últimos minutos do primeiro tempo, colocamos Hulk e Bernard por fora, com Deyverson controlando (Evertton) Araújo. Desse modo, tivemos um melhor posicionamento defensivo”. “No segundo tempo, temos que reconhecer que é uma grande equipe, jogadores de muita qualidade, bons no espaço reduzido, nos contragolpes, pois têm muita velocidade. Controlamos melhor isso no segundo tempo e, a partir disso, começamos a atacar melhor. Primeiro, era neutralizar bem e, a partir disso, atacar com Hulk de fora para dentro, Scarpa por fora, Bernard de fora para dentro, e o Deyverson de referência. Isso funcionou melhor no segundo tempo, e por isso não houve esse domínio absoluto (do Flamengo). Houve essa correção. Há que entender que a equipe vem fazendo esforço muito grande, superando a dor da derrota na final, não é algo fácil para um esportista. Eles tinham o ânimo lá em cima, ganharam a final. Há muito cansaço físico e mental, dor pela final perdida. Era um desafio para nós esse jogo. A sorte esteve do nosso lado hoje, não sofremos gols no primeiro tempo, controlamos melhor no segundo tempo, atacando melhor. Esse é um pouco do resumo do jogo”.
O comandante ainda falou sobre a expectativa no Brasileirão, onde o time passa por uma situação complicada, precisando pontuar para se afastar do Z4 e se manter vivo na briga por uma vaga na Copa Libertadores de 2025.
“Para nós, o torneio do Brasileiro era de expectativa superior. Imaginávamos ter mais pontos do que temos nessa altura do campeonato. Acho que isso tem relação com ser a única equipe que vai jogar todas as partidas do ano. Não há outra equipe do Brasil que irá atuar em todos os jogos do Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Isso é muito. Além disso, atrás de cada jogo, está o desgaste emocional grande. Muito grande. Há muito em jogo e os jogadores querem ganhar, como todos. E fomos obrigados a fazer mudanças a cada partida, para chegar às finais de cada Copa e seguir somando pontos no Brasileiro”. “É um pouco do que aconteceu durante o ano. Se a gente não tivesse mudado tanto para atuar no Brasileiro, certamente não haveríamos alcançado as finais. Isso é questão de desgaste. Jogamos a partida de volta contra o Vasco e, três dias, a ida contra o River Plate. A partida de volta contra o River e, logo depois, a ida contra o Flamengo. Parece fácil, mas os jogadores são pessoas. É uma montanha-russa de emoções. Conseguimos isso por merecimento? Não tenho dúvidas disso. Acabou a Copa do Brasil, três dias depois jogamos hoje, e vamos jogar de novo depois de três dias. Agora, é partida a partida. Quem melhor estiver vai jogar a final da Libertadores. Gostaria que Zaracho jogasse hoje, mas não poderia, terminou com fadiga muscular na partida. O Hulk estava desgastado, Paulinho também. Há ao redor da equipe muitas informações que a imprensa e o público desconhecem, é algo muito interno, do nosso dia a dia. Agora, sim… O melhor que podemos fazer é competir ao máximo em cada partida até a chegada da final da Copa Libertadores”.
Agora o Atlético se prepara para encara o Athletico-PR no próximo sábado (16), por mais um jogo atrasado no Campeonato Brasileiro. O duelo será fora de casa, na Ligga Arena, em Curitiba, Paraná.