
Calciopédia
·27 Juni 2025
Goleada pelo Manchester City, a Juventus terá que encarar o Real Madrid no Mundial de Clubes

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·27 Juni 2025
Poupando os principais jogadores do setor ofensivo, a Juventus viu a esperança de terminar em primeiro lugar no Grupo G da Copa do Mundo de Clubes ser aniquilada por um Manchester City dominante. O time de Pep Guardiola, que também preservou algumas peças, mostrou a força de um elenco recheado de jogadores do mais alto calibre e fez 5 a 2 sobre os italianos, sem dó nem piedade. A derrota acachapante não só jogou os bianconeri para o lado mais difícil do chaveamento da competição, entregando logo um confronto com o Real Madrid nas oitavas de final, como ainda atirou desconfianças sobre o momento positivo da equipe.
Igor Tudor deixou Cambiaso, Thuram, Conceição, Yildiz e Kolo Muani de fora da equipe titular, isso para mencionar os que são evidentemente titulares. O ataque formado por Nico González, Koopmeiners e Vlahovic não conseguiu fazer uma primeira pressão extremamente necessária quando se enfrenta o Manchester City, o que deixou a já frágil defesa da Juve exposta. Kostic, recém-reintegrado ao elenco após retornar de empréstimo ao Fenerbahçe, pouco entregou em termos ofensivos e, assim como seu companheiro na outra ala, foi dominado pelos pontas da equipe da Inglaterra.
Controlando a posse e trabalhando suas ações bem próximas da meta italiana, os ingleses conseguiram, com facilidade, oferecer perigo ao gol de Di Gregorio. Na primeira finalização da partida, o arqueiro fez um milagre com o pé direito. Na segunda, Doku deixou Kalulu para trás e fez um bonito gol, aos 9 minutos. O jogo também careceu de uma concentração maior dos dois times em alguns momentos, o que causou um pouco a impressão de um duelo de pré-temporada. Com erro bobo logo após a abertura do placar, na casa dos 11, Ederson entregou de bandeja para Koopmeiners a oportunidade de finalizar cara a cara, e o neerlandês não a desperdiçou. Um breve suspiro, que logo foi sufocado novamente.
A Juventus teve uma péssima atuação defensiva e sucumbiu ao time do ex-milanista Reijnders (Getty)
Um dos nomes do jogo, Savinho criou bastante adversidades para a defesa bianconera. Quando não conseguiu encontrar um companheiro livre dentro da área, viu Kalulu marcar contra a própria meta de forma bisonha, aos 26 minutos. Assim como alertamos nas partidas contra Al Ain e Wydad Casablanca, a defesa da Juventus vem comentando erros frequentemente. Contra os marroquinos, foi punida. Contra os Citizens, nem se fala. No ataque, também vacilou: antes de sofrer o segundo, a Juventus viu Vlahovic pegar mascado na bola e desperdiçar uma boa chance.
Na segunda etapa, a vitória parcial se transformou em goleada. Haaland entrou e logo de cara só precisou completar para uma meta vazia após excelente jogada de Matheus Nunes, aos 52 minutos. Responsável pela marcação do lateral luso-brasileiro, Koopmeiners chamou atenção pelo desleixo na hora de acompanhar a subida do adversário. Diferentemente dos últimos dias, a Juventus não se mostrou nem competitiva nem aguerrida. Assim, foi presa fácil para um meio-campo dominante, com Rodri, Bernardo Silva e o ex-milanista Reijnders, e a agudez dos pontas Doku e Savinho.
Vlahovic até marcou um dos gols de honra da Juventus, mas perdeu algumas chances contra o Manchester City (Getty)
Tudor até colocou alguns titulares faltando cerca de meia hora para o fim do confronto – Thuram, Cambiaso e Yildiz entraram. No fim, o camisa 10 turco até encontrou uma bola para Vlahovic fazer o gol de honra, se recuperando parcialmente de uma outra boa ocasião desperdiçada no segundo tempo. Mas, antes disso, o massacre teve continuidade. Foden, após uma linha de passe em que a defesa bianconera se portou como se estivesse numa pelada de casados contra solteiros, e Savinho, com um golaço, ampliaram a vantagem para quatro gols de diferença e confirmaram a primeira vitória do Manchester City sobre a Juve desde 1976. Assim, o tento final da Velha Senhora não serviu para nada além de um mero consolo.
O torcedor mais otimista da Juve vai olhar pelo lado positivo: não era uma equipe titular, a classificação já estava garantida e os jogadores pouco pareciam motivados. Os mais pessimistas com certeza percebem a diferença de potencial técnico do Manchester City, que aniquilou, sem fazer força, uma equipe gigante, que costuma brigar por grandes títulos – ou seja, que entraria na Copa do Mundo de Clubes e nas competições de 2025-26 para lutar por troféus.
O quanto a Juventus pode competir? Talvez o duelo contra o Real Madrid seja o verdadeiro parâmetro para a equipe italiana. Afinal, estará 100% focada, em um confronto eliminatório e com o que tem de melhor em campo. No entanto, é difícil ignorar uma pancada dessa magnitude. O momento de euforia dá lugar a receios.