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Central do Timão

·24 November 2025

Grupo de sócios do Corinthians registra protesto judicial contra Andrés Sanchez

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  1. Por Larissa Beppler e Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Nesta segunda-feira (24), um grupo de associados do Corinthians protocolou na Justiça um protesto judicial contra o ex-presidente Andrés Sanchez, que esteve no comando do clube durante dois mandatos (2007-2011 e 2018-2020). A medida não tem como propósito uma punição de caráter imediato que resulte em bloqueio de bens.

O intuito é passar ao mercado e a terceiros os riscos jurídicos relacionados ao patrimônio do ex-dirigente: “Os Requerentes não têm qualquer interesse econômico direto no patrimônio do Requerido, e tampouco o presente procedimento tem como resultado qualquer acréscimo patrimonial aos Requerentes em detrimento do Requerido”, diz trecho do documento, ao qual a Central do Timão teve acesso.


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Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

O presente procedimento de jurisdição voluntária tem como resultado apenas a notificação de eventuais credores sobre as circunstâncias que podem recair sobre o patrimônio do Requerido, é esclarecido em outro trecho. O protesto registrado pelos sócios é uma alternativa presente no Código Código de Processo Civil e serve para tornar pública uma eventual disputa futura.

Ou seja, o documento não estabelece qualquer mecanismo que impeça Andrés Sanchez de negociar ou vender seus bens, tampouco apresenta qualquer acusação contra o ex-presidente. O protesto judicial apenas sinaliza os possíveis riscos relacionados ao patrimônio do ex-dirigente.

Os associados justificam a medida com base nas investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que denunciou o ex-presidente por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsificação de documento tributário, pelo uso irregular do cartão corporativo do Corinthians durante seu segundo mandato à frente do clube (2018–2020).

Andrés Sanchez chegou a admitir parte dos gastos quando algumas das faturas foram vazadas nas redes sociais. O Ministério Público, porém, entende que houve movimentações superiores às reconhecidas publicamente pelo ex-presidente e, por isso, solicitou que ele reembolse o clube em R$ 480 mil, além do pagamento de 75% desse valor a título de danos morais.

No protesto judicial, os sócios argumentam que o uso dos recursos do clube para benefício pessoal caracteriza “confusão patrimonial”, algo previsto na legislação esportiva e no Código Civil. Eles sustentam ainda que os associados podem ser afetados futuramente, já que o Corinthians não ajuizou qualquer ação contra o ex-presidente e, diante disso, a lei prevê a possibilidade de responsabilização subsidiária dos sócios de associações civis caso não haja bens suficientes para o cumprimento das obrigações.

Nos próximos dias, o mesmo grupo de associados deve registrar um protesto judicial contra os ex-presidentes Duílio Monteiro Alves (2021–2023) e Augusto Melo (2024–2025), ambos investigados pelo MP-SP por possíveis gastos irregulares envolvendo recursos do Corinthians. O documento também deve citar o ex-gerente financeiro Roberto Gaviolli e conselheiros que, de alguma forma, tenham relação com o patrimônio do clube.

A medida foi registrada porque os sócios entendem que Andrés Sanchez pode se desfazer ou reduzir seu patrimônio antes de uma eventual responsabilização jurídica. Assim, o protesto judicial funciona como um alerta ao mercado e a terceiros de que há riscos associados aos bens do ex-presidente.

Confira abaixo os pedidos do grupo de associados do Corinthians:

1) Averbação do protesto em sistemas como RENAJUD, INFOJUD e SISBAJUD, para que conste publicamente a existência do aviso;

2) Publicação de edital para dar ciência ampla ao público;

3)  Citação formal de Andrés Sanches;

4)  Todas as intimações sejam dirigidas aos advogados do grupo;

5)  Fixação de valor simbólico da causa: R$ 100.

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