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·3 Januari 2025

Haverá melhor começo do que este?

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No jogo que abriu o ano, eis o jogo do ano. Se na temporada passada foi digno de filme, em 2024/25, a saga teve um novo capítulo. De forma absolutamente apoteótica, o Vitória SC e Sporting CP empataram 4-4 (sim, 4-4!), no regresso de Rui Borges ao D. Afonso Henriques.

Gyokeres, perto do minuto 80´, parecia o herói do jogo com um hattrick impressionante, eis que João Mendes e Dieu Merci deram uma nova história ao jogo, mas que acabou por não ser a final. Trincão, ao cair do pano, foi herói e resgatou um ponto para a turma de Alvalade.


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O Sporting consegue o mal menor em Guimarães, naquele que pode ser já considerado o jogo da temporada.

De cortar a respiração!

Antes do início da partida, a mensagem do D. Afonso Henriques foi explicativa. "Num dia só Vitória, no outro um traidor": foi esta a dedicatória amarga dos adeptos vitorianos para Rui Borges, no seu regresso ao castelo pouco mais de uma semana depois de deixar de ser Conquistador.

Se na temporada passada foi digno de filme, esta temporada não lhe ficou muito atrás. Aos 12´ minutos, as redes já haviam balançado por três ocasiões.

Desconstruindo os primeiros minutos frenéticos, tudo começou com Viktor Gyokeres. O insaciável sueco começou 2025 como viveu todo o ano transato: com golos. Lançado por Quenda na profundidade, encarou Rívas e apontou o primeiro quando ainda se cantava o tradicional Sou Vitória. Os da casa, por sua vez, não baixaram a cabeça e, cinco minutos depois, Tiago Silva empatou o jogo. De livre - com algumas culpas para Israel - o médio vitoriano nivelou as contas do marcador.

Tiago Silva nivelou aos sete, mas aos 12´, ajudou a desnivelar novamente. Um passe falhado do dez dos branquinhos deu nova a bola a Quenda para novo lançamento na profundidade para Gyokeres. Na cara de Varela, novo petardo para o 2-1.

O jogo lá foi acalmando com o andar do relógio, mas os olhos nunca saíram do radar das balizas. Ambas as equipas foram tentando sair em transição, partindo o jogo à procura de erros adversários. Perto do final do primeiro tempo, contratempo para o Vitória com a lesão de Gustavo Silva. Sem os dois avançados do plantel - de fora, por lesão - o improvisado foi rendido por Dieu Michel.

Mon Dieu!

O segundo tempo começou bem mais calmo do que o primeiro - a bem da verdade, era difícil começar mais animado -, mas os leões apenas demoraram novos 12´ minutos a fazer mossa. Maxi Araújo rendeu Quenda e o impacto foi imediato: no primeiro toque na bola do uruguaio, um passe picado na perfeição a servir a rotura de segunda linha de Morita, que de cabeça, ofereceu o hattrick a Viktor Gyokeres. O golo da estabilidade leonina, o TRIGÉSIMO do sueco na temporada. Vamos no início de janeiro...

Daniel Sousa foi ao banco a tentar trazer para o jogo um abre latas que relançasse a equipa no jogo. João Mendes e Telmo Arcanjo entraram e, pouco depois, o segundo foi o espalha brasas que era preciso. Arcanjo cavalgou à direita e serviu Kaio César para o 3-2. Jogo aberto, com vinte minutos ainda por jogar.

Com a pressão do Vitória, que se sentia dentro e fora das quatro linhas, o Sporting - algo cansado - tentou colocar algum gelo no jogo, abrandando as reposições de bola e sem grandes aventuras quando a mesma estava jogável.

Eis que o D. Afonso Henriques, galvanizado com a resposta dos intervenientes, incendiou ainda mais a oito minutos do fim. Arcanjo colocou a bola na cabeça de Dieu Michel, este atirou à barra e, na insistência: o empate! João Mendes foi herói no derby em Braga na temporada passada, voltou a sê-lo, a empurrar a bola para o fundo das redes.

A apoteose do Castelo era indiscritível, mas ainda mais foi quando Dieu Merci, o herói improvável, remontou a partida de forma absolutamente histórica. A cabeçada do avançado natural do Canadá quase fez o estádio ir abaixo, de tal forma se comemorou.

Tudo parecia encaminhado para a vitória vimaranense, mas Trincão teve outros planos. O português guardou o remate mais açucarado para o minuto 96´, servindo a sobremesa num jogo de alta cozinha, tal a quantidade de sabores que foram experienciados em pouco mais de 90 minutos.

Bem vindo de volta, Rui Borges!

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