Jogada10
·17 Desember 2025
“Injusto”: Conmebol pede à Fifa volta dos sul-americanos à semi do Intercontinental

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·17 Desember 2025

A poucas horas da decisão da Copa Intercontinental entre Flamengo e Paris Saint-Germain, os bastidores políticos do futebol esquentaram em Doha. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, aproveitou a visibilidade do evento para criticar duramente o atual formato da competição e exigir mudanças imediatas. A confederação sul-americana enviou um pedido formal à Fifa solicitando que, nas próximas edições, o campeão da Libertadores entre na disputa a partir das semifinais, retomando o modelo de isonomia que vigorou no antigo Mundial de Clubes entre 2005 e 2023.
Em entrevista concedida no Catar antes da cerimônia do Fifa The Best, Domínguez não poupou palavras para classificar a atual fórmula. Para o dirigente, o caminho imposto aos times da América do Sul é desproporcional em comparação ao privilégio concedido aos europeus.
“Eu considero, por um lado, que o caminho do Flamengo, do campeão da Libertadores, para chegar à final é muito mais longo. E até diria injusto”, disparou o mandatário.
Ele revelou ainda que a entidade sul-americana “nunca esteve de acordo” com as regras vigentes e que trabalha nos bastidores para “arrumar” essa distorção junto à Fifa.

Alejandro Domínguez falou com a imprensa no Catar – Foto: Reprodução
A disparidade técnica e física fica evidente na trajetória dos finalistas desta quarta-feira. Enquanto o Paris Saint-Germain estreia diretamente na decisão, descansado de viagens internacionais, o Flamengo precisou superar uma maratona. O Rubro-Negro teve que vencer o Cruz Azul, do México, nas quartas de final (o chamado “Dérbi das Américas”), e eliminar o Pyramids, do Egito, na semifinal (a “Challenger Cup”), para só então ganhar o direito de disputar a taça. O PSG, por sua vez, cumpria tabela no Campeonato Francês contra o Metz no último fim de semana.
Apesar das críticas à organização, Domínguez fez questão de valorizar o peso do troféu. O presidente assegurou que a Copa Intercontinental vale, “sem dúvida”, como um título mundial, mesmo com a existência da nova Copa do Mundo de Clubes quadrienal. O dirigente também não escondeu sua preferência para o duelo e reforçou a necessidade de quebrar a hegemonia do Velho Continente, que perdura desde 2013.
“Claro que vou torcer para o Flamengo. Não só para o Flamengo, mas para o futebol sul-americano. Está na hora dessa taça voltar para a Conmebol, especialmente para o Flamengo. O Flamengo hoje representa o futebol sul-americano e vamos torcer para o Flamengo, sem dúvida.”, finalizou.









































