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·11 September 2025
Jornalista compara Flamengo a mãe e diz que 'deveria aceitar' pena de Bruno Henrique

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·11 September 2025
Condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil, Bruno Henrique já viu o Flamengo ingressar com recurso na corte. Além disso, o clube tenta o efeito suspensivo para ter o atleta em campo. E o jornalista Robson Morelli, em depoimento curioso, discordou da atitude.
Em coluna escrita no site "The Football", Morelli aponta que o melhor que o Flamengo poderia fazer é "não se envolver". Assim, o jornalista pede que o clube abandone Bruno Henrique à própria sorte, mesmo ciente de que o cartão amarelo forçado era absolutamente sabido pelo Mais Querido — que admitiu isso.
Obviamente, o ato de levar o terceiro cartão amarelo em um jogo para forçar a suspensão é de conhecimento do clube, que entende previamente o que o jogador vai fazer. Como o Flamengo está defendendo seu atleta, Martelli disse que o time "perdeu a oportunidade de orientar com o silêncio".
"A diretoria do Flamengo, portanto, perde a chance de orientar com o silêncio. De não se envolver. Aceitar. Assim, bastava deixar que a Justiça tomasse, como tomou, as devidas providências. Mas o Flamengo quer mudar isso com efeito suspensivo e ter o atleta em campo", criticou.
Ainda disse que "outros jogadores menos famosos pegaram gancho de dois anos e até banimento do futebol". Mais uma vez, faltou informação, já que nenhum desses casos foi pelo mesmo ato de Bruno Henrique. São julgamentos muito diferentes, que obviamente também tiveram finais distintos.
Nos casos de jogadores que fizeram parte de esquemas de manipulação de resultados, a punição obviamente foi maior. Afinal de contas, prejudicaram o próprio time em benefício próprio — algo completamente diferente do que fez Bruno Henrique. Advogado do Flamengo, Michel Assef já explicou.
Por fim, o argumento mais surpreendente vem no final. Morelli simplesmente comparou o Flamengo a uma mãe, dizendo que deixar a punição acontecer seria a atitude correta. Ou seja, ignorando que se trata de uma relação profissional, de uma empresa que paga salários ao jogador e quer tê-lo em campo.
"Deixar que um dos seus seja condenado é o mesmo que faz uma mãe a fim de educar seus filhos em situações menos drásticas. O futebol precisa parar de achar brechas para deseducar seus personagens. É preciso formar homens e não meninos mimados. Não importa se Bruno Henrique não teve a intenção. O que importa é o que ele fez. Mesmo se o Flamengo precisasse do seu atacante, o clube deveria aceitar o seu erro", finalizou.