José Mourinho: «O Benfica tem uma Taça a menos do que deveria ter» | OneFootball

Na antevisão à estreia do Benfica na Taça de Portugal, diante do GD Chaves, José Mourinho refletiu sobre o regresso pessoal à respetiva competição, realçando a grande história dos encarnados na prova. O Special One comentou, ainda, sobre a falta de golos apontados nos últimos jogos.

Expectativas para o duelo com o GD Chaves: «Típico jogo de Taça de Portugal, onde há uma equipa de uma divisão inferior, mas não de um futebol inferior. É uma das equipas mais fortes da II Liga. Se estivesse na I Liga, não seria seguramente diferente das equipas da segunda metade da tabela. É uma boa equipa, que irá exigir de nós seriedade, a começar por mim, que tenho de passar isso aos jogadores. »

«Respeito pelo Benfica, pelos adeptos do Benfica, pela história da Taça de Portugal neste clube e pelo Chaves e seu treinador, que têm qualidade, não de II Liga. Se ganharmos, as coisas são vistas com naturalidade e se não ganharmos, as coisas não serão vistas com normalidade. Melhoramos com os jogos, já que não temos tempo para o fazer com treino e vamos fazer o mesmo amanhã. Vou mudar muito pouco.»

O retorno à prova rainha: «Fui eliminado da Taça de Portugal com a UD Leiria. Nas duas épocas seguintes, fui a duas finais... perdi uma, ganhei outra. Gostaria de voltar. O Benfica tem uma história fantástica com a Taça de Portugal, tem uma taça a menos do que deveria ter. Toda a gente sabe que o Benfica deveria ter ganho na época passada, mas não aconteceu por motivos estranhos, que não são a essência do jogo. O Benfica tem tradição de Taça. Fui ao Jamor inúmeras vezes ver e o Jamor ainda mexe comigo. Gostaria de jogar uma final da Taça de Portugal pelo Benfica. Hoje, a Taça de Portugal é mais importante que a Liga dos Campeões. No sábado, é a Liga dos Campeões.»

A escassez de golos marcados: «Nos dois últimos jogos, não marcámos, mas podíamos ter marcado. Tivemos oportunidades suficientes para o fazer e para ganhar. Fizemos três ao AFS e dois ao Gil Vicente, que nos permitiram ganhar. Tem a ver com trabalho que temos de fazer, níveis de confiança dos jogadores que também têm de melhorar. Temos de partir de uma base de estabilidade, que passa por estar bem organizados do ponto de vista defensivo, a equipa nunca se sentir dominada. A minha ideia prevalece. Até agora nunca fomos dominados em jogo nenhum. Nem pelo Chelsea, nem pelo FC Porto.»

Já falou com Simão Sabrosa? O jogador que lhe 'roubou' a Taça de 2004 pelo FC Porto?: «Quando ele foi para o Barcelona, era eu que o esperava no aeroporto. Era um menino que ia para um gigante europeu e que tinha um português da estrutura à sua espera. Eu já estava no clube há dois anos e criei com ele, não uma relação de pai e filho, mas quase de irmão mais velho. É uma relação de carinho porque começou aí. Não falámos desse jogo porque lembro-me mais dos momentos bons do que os maus. Mas claro que me recordo. Recordo-me de descer as escadarias como vencido, de muito benfiquista dizer 'agora vais ser campeão europeu'. Lembro-me de ter sido estimulado positivamente.»