
Gazeta Esportiva.com
·3 Juni 2025
Líderes políticos do Corinthians pedem investigação e punição a envolvidos em ato de Augusto

In partnership with
Yahoo sportsGazeta Esportiva.com
·3 Juni 2025
Lideranças políticas de diversas chapas do Corinthians pediram não só a investigação, mas também a punição aos envolvidos no ato de Augusto Melo no Parque São Jorge. No último sábado, o presidente afastado invadiu a sala da presidência do clube e tentou reassumir o poder por meio de um ofício.
A Gazeta Esportiva teve acesso ao pronunciamento dos líderes políticos. No escrito, constam assinaturas de alguns nomes bastante conhecidos nos bastidores políticos do clube, como do ex-presidente Andres Sanchez e dos conselheiros Rubens Gomes, o Rubão, e o André Luiz de Oliveira, o André Negão.
Os líderes políticos viram com indignação a invasão de Augusto Melo e aliados ao Parque São Jorge, não só pela “violência e pela desordem causadas”, mas também pelo que entenderam ser uma “clara violação dos princípios e deveres no estatuto social do clube”.
As lideranças ainda classificaram o episódio do último sábado como “o dia mais vergonhoso da centenária história corintiana” e o qualificaram como uma tentativa de “golpe”.
Os conselheiros, portanto, cobraram medidas contra os associados que fizeram parte da ação junto de Augusto Melo, baseando-se no estatuto do clube para tal. Eles citam o Artigo 24, de acordo com o qual os sócios têm obrigações como cumprir fielmente as normas interinas e zelar pelo patrimônio do clube. Os líderes, então, alegam que isso não foi cumprido pelos participantes do ato.
Além disso, também mencionam o Artigo 25 do estatuto, que prevê penalidades para comportamentos que desrespeitem os escritos do Artigo 24.
Por fim, tais lideranças ainda criticaram Augusto Melo e afirmaram que o presidente tentou “orquestrar um golpe institucional” quando se recusou a acatar a decisão do Conselho Deliberativo, que o afastou do cargo no último dia 26 de maio.
“Dessa forma, é fundamental que todos os órgãos atuem com firmeza e transparência na apuração dos fatos, responsabilizando exemplarmente os envolvidos. Mais do que uma questão disciplinar, trata-se de preservar a integridade de uma instituição centenária, que representa milhões de torcedores apaixonados e precisa ser um exemplo de organização, respeito às regras e espírito esportivo”, escreveram.
Afastado do Corinthians na última segunda-feira, Augusto Melo invadiu a sala da presidência do clube e tentou reassumir o poder por meio de um ofício, mas o documento não foi reconhecido pelo presidente interino, Osmar Stabile, que inclusive chamou a Polícia.
Augusto se baseou em uma decisão da conselheira Maria Angela de Souza Ocampos. Aliada do mandatário, ela alegou ter assumido o Conselho Deliberativo do Corinthians em meio ao pedido de afastamento de Romeu Tuma Júnior e determinou que o presidente afastado seja reconduzido ao posto.
Maria, que atua como 1ª secretária do CD, se intitulou “herdeira” do cargo pelo fato de Roberson Medeiros, conhecido como Dunga, vice-presidente do Conselho, estar afastado por “licença médica”. Ela disse que todos os atos de Tuma desde o início de abril estariam anulados, dentre eles, a votação que aprovou o impeachment de Augusto Melo por conta do caso VaideBet.
Osmar Stabile, por sua vez, foi pego de surpresa com a chegada de Augusto Melo e aliados na sala da presidência do Corinthians e não aceitou a decisão de Maria.
Ele se baseou na manifestação da Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians, que, através de uma nota oficial, garantiu que não há previsão estatutária para que Maria Angela de Souza Ocampos assuma o CD e determine o retorno de Augusto. O órgão não reconheceu o ato e ainda classifica a tentativa do mandatário de reassumir o clube como “golpe”.
Diante dos posicionamentos da Comissão de Justiça e do Conselho Deliberativo, Osmar Stabile não deixou a sala da presidência do Corinthians por entender que o ofício apresentado por Augusto não tinha validade e chamou as autoridades. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi até o local e conteve o tumulto.