Portal dos Dragões
·16 Oktober 2025
Liga diz que há diálogo aberto sobre centralização de direitos

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No final de julho, a LPFP entregou à Autoridade da Concorrência (AdC) uma primeira versão, um ‘draft’, do regulamento para a comercialização dos direitos audiovisuais das transmissões dos campeonatos profissionais em Portugal, e, segundo André Mosqueira do Amaral, “houve já algumas interações” com a AdC, nomeadamente para “esclarecer algumas dúvidas”.
O diretor-executivo da LPFP afirmou, em declarações à Lusa, em Madrid, onde participou no World Football Summit, que “Estamos num diálogo que é bastante aberto entre as duas entidades e também com a participação das sociedades desportivas que fazem parte da Liga Centralização”.
Mosqueira do Amaral salientou que a proposta apresentada foi aprovada por unanimidade pelas sociedades que integram a Liga Centralização, tendo igualmente sido partilhada com os clubes que não fazem parte desse grupo, aos quais “foi-lhes sempre transmitido” e “dado conhecimento de todos os passos da Autoridade da Concorrência”.
O responsável descreveu o processo como “bastante colegial” e valorizou a “interação bastante aberta e transparente e construtiva com a Autoridade de Concorrência”.
Confiante no desfecho, André Mosqueira do Amaral considerou que, “no final deste processo” de “conversações com a Autoridade da Concorrência”, resultará um “modelo final aceite todas as partes” (AdC e clubes da Liga Centralização).
Integram o Conselho de Administração da Liga Centralização os clubes Alverca, FC Porto, Sporting de Braga, Sporting, Vitória de Guimarães, Feirense, Leixões e Marítimo.
O CEO da LPFP afirmou também que, desde o início do mandato, a direção tem mantido “um contacto muito contínuo” com todas as sociedades desportivas e sublinhou que o regulamento de comercialização dos direitos audiovisuais “é apenas um dos pilares da centralização”.
Além desse regulamento, a LPFP trabalha na chave de distribuição – que espera concluir em breve – no regulamento económico e no regulamento audiovisual, matérias em que a Liga representa os clubes, sendo essa representação dependente da auscultação das sociedades desportivas. A direção baseia a sua ação na “auscultação proativa das sociedades desportivas”.
Na semana anterior, Mosqueira do Amaral já havia frisado que a centralização dos direitos audiovisuais tem contado com “bastante consenso” entre os clubes, com “mais pontos em comum do que divergências”, o que permite uma “narrativa com a AdC muito mais radicada numa missão de grupo tendente a esta concretização da centralização”.
Portugal prepara a transição para um modelo centralizado de venda dos direitos televisivos, previsto para arrancar na época 2028/2029. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a LPFP têm de apresentar, até ao final da presente temporada, um modelo a aprovar pela AdC, com o objetivo de distribuir esses direitos de forma mais justa e equitativa entre as sociedades desportivas.
Em Madrid, durante o World Football Summit, Mosqueira do Amaral participou num debate sobre os novos desafios do desporto enquanto produto de entretenimento, destacando a necessidade de criar uma proposta de valor que atraia públicos e as novas gerações, num mercado em constante transformação com múltiplos concorrentes e plataformas.
O World Football Summit (EFS Madrid 2025), que termina hoje, reúne mais de 130 oradores de clubes, ligas, federações, patrocinadores e outras entidades para debater o futuro da indústria do futebol.
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