Portal dos Dragões
·9 September 2025
Livro revela tensão na sucessão: Pinto da Costa não aceitou gesto simbólico de André Villas-Boas

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O período pós-eleitoral foi conturbado: o FC Porto acabou por ter, na prática, duas presidências. André Villas-Boas assumiu de imediato a presidência do clube, enquanto, no que diz respeito à SAD, a administração liderada por Pinto da Costa alongou o mandato até ao limite legal. Pinto da Costa não digeriu a derrota de ânimo leve e telefonou ao seu sucessor na manhã seguinte ao escrutínio, convidando-o a ocupar a tribuna presidencial no jogo entre o FC Porto e o Sporting.
Sobre esse episódio, o livro revela que Villas-Boas recusou o convite, até porque já tinha afirmado que iria ocupar o seu lugar cativo junto dos sócios. Ainda assim, propôs outra solução: “Iria ter com Pinto da Costa ao camarote presidencial, desceriam juntos até ao campo e no centro do relvado dariam um abraço. Um símbolo de pacificação e de união para virar a página de uma campanha sangrenta. Sem grandes explicações, o ainda presidente recusou”.
Em Capitão de Abril – André Villas-Boas e a Revolução Inacabada aponta-se ainda que, em relação à passagem de testemunho, o administrador Fernando Gomes “terá sido o único responsável portista solícito na passagem de pasta”.
Com o então administrador financeiro terão ocorrido várias reuniões, e “Fernando Gomes sentou-se regularmente à mesa com Pereira da Costa, que herdaria o pelouro financeiro da SAD, e também com Villas-Boas. Chegou, inclusivamente, a levar os dois futuros (e únicos) membros da comissão executiva ao Banco Carregosa devido à urgência da emissão de papel comercial”.