Mário Jardel destaca Diogo Jota como “grande jogador e ser humano” | OneFootball

“Dois jogadores deixaram um legado significativo, e a sua perda é imensa. Não consigo encontrar palavras para expressar a dor que sinto. Diogo Jota trouxe imensas alegrias a Portugal, é um grande atleta e um ser humano extraordinário. Não consigo imaginar a dor que a família deve estar a sentir”, comentou, durante a cerimónia em que foi nomeado embaixador da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), nas instalações do organismo, no Porto.

O antigo avançado acredita que este trágico evento deve levar a uma reflexão sobre a brevidade da vida, que deve ser vivida com uma atenção constante ao presente.

“Envio os meus sentimentos à família. Não é momento para muitas palavras, mas sim para refletir e perceber que a vida deve ser vivida diariamente, uma vez que ninguém sabe o que o amanhã trará. Sinto-me contente por ter assumido o cargo de embaixador da Liga, mas ao mesmo tempo profundamente triste por tudo o que aconteceu, uma grande perda para o futebol”, finalizou o brasileiro, de 51 anos.

Antunes, antigo lateral esquerdo da seleção portuguesa, que passou pelo Paços de Ferreira, o clube que lançou Diogo Jota no futebol de alto nível em Portugal, também se lembrou do legado deixado pelo avançado.

“Não tive muitas oportunidades de estar com o Jota, mas partilhávamos um clube, o Paços de Ferreira. Sei que o Jota era um grande adepto e, mesmo após a sua saída, apoiava o clube com grande fervor. Era uma pessoa muito humilde, que alcançou o que alcançou pelo esforço tanto em campo como fora dele. Era um pai muito presente e um homem de família. Deixa uma enorme marca em todos nós que apreciamos o futebol”, afirmou.

O antigo avançado João Tomás, assim como os outros embaixadores da Liga, também expressou as suas condolências à família dos irmãos.

“É impossível imaginar a dor da família e dos amigos. O que posso dizer é que Jota era uma pessoa serena e reservada, assim como o irmão André, com quem tive mais proximidade e pude ver jogar. Qualquer palavra que eu dissesse seria insignificante face ao que este caso representa para a família”, comentou.

Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, faleceram na madrugada de quinta-feira, num trágico acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

O avançado da seleção portuguesa jogava no Liverpool, clube que representou durante cinco temporadas, e pelo qual conquistou uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra e duas Taças da Liga, além de ter sido campeão do Championship, o segundo escalão do futebol inglês, com o Wolverhampton.

Após a sua formação no Gondomar e no Paços de Ferreira, o avançado jogou uma época no FC Porto, por empréstimo do Atlético de Madrid, sendo posteriormente cedido ao Wolverhampton, onde passou três temporadas.

Diogo Jota, ao serviço da seleção nacional, contabilizou 49 internacionalizações e 14 golos, tendo conquistado duas edições da Liga das Nações, a mais recente no mês passado, em Munique.