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·4 Desember 2024

Mattos detona decisão tardia da PM e revela esforços do clube há 10 dias para torcida mista contra o Palmeiras

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O CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos, explicou o motivo pelo qual o confronto entre Cruzeiro e Palmeiras, marcado para esta quarta-feira às 21h30 (horário de Brasília), no Mineirão, será realizado sem a presença de público. Ele detalhou todo o processo que levou à decisão de realizar o jogo com portões fechados

“O Cruzeiro vem há mais de 10 dias trabalhando essa situação com CBF, Governo, comando da Polícia. O Cruzeiro vem fazendo esse trabalho dentro da lei, todo mundo aqui trabalha com os bastidores há anos, CONMEBOL, Fifa, mas existe regra e existe lei. O Cruzeiro foi ao STJD, que é o permitido ao clube de fazer e os órgãos competentes disseram que iriam à Justiça comum entrar com uma liminar para que o jogo acontecesse com torcida”, falou o dirigente ao canal do Samuel Venâncio.

Mattos ainda explicou que o posicionamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para esses casos de recomendação de torcida única é de não ter torcida devido a “isonomia”, dessa forma o dirigente foi claro que exigirá o mesmo tratamento para quando episódio similar ocorrer com o Cruzeiro. O dirigente foi taxativo em relação a pressão feita principalmente sobre o comando da polícia para garantir segurança:


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“A CBF se manifestou e disse claramente que se fosse torcida única, não teria torcida. É uma regra que adotaram com todos e a gente espera que seja assim mesmo. Se um dia acontecer com o Cruzeiro, também vai exigir que seja de portão fechado. Nesse momento, pressionamos muito o comando da polícia e o governo para que dessem a condição de jogo com as duas torcidas, já que a CBF se posicionou que com uma torcida seria portão fechado.”

Alexandre Mattos revelou que as conversas com os órgãos de segurança sobre o jogo já acontecem há mais de 10 dias. Durante esse período, a Polícia Militar indicou que não teria condições de acomodar a torcida visitante no Mineirão. No entanto, o dirigente manifestou estranheza em relação à mudança de postura da PM, que ocorreu poucas horas antes da partida.

“Na sexta-feira (29) teve uma reunião presencial na sede administrativa, as pessoas do Cruzeiro foram lá e pressionaram para que o comando da polícia daria condição de segurança para as duas torcidas, e a resposta foi de que não teriam, pois a inteligência deles identificou que seria perigoso e não queriam a responsabilidade. Mediante a isso, a CBF foi enfática ontem (terça-feira) dizendo que revertia se a polícia desse segurança, eles não deram segurança. O Comando da Polícia soltou uma nota por volta de 00:20, para nós chegou as seis da manhã, dizendo que dariam segurança às duas torcidas. Mesmo com essa nota, a CBF disse que passou o prazo, e nós temos cobrado há mais de 10 dias, pessoalmente, por telefone, falamos governador, vice, secretário… na CBF falamos com presidente, diretor de competições, entramos com ação no STJD, o que faltou foi a segurança de duas torcidas estar determinada, foi feita tardiamente, e agora seria inviável realizar essa operação.”

Mattos destacou que organizar uma operação para o jogo em um prazo de pouco mais de 12 horas seria algo “impossível” e “inviável”. Ele reforçou que decisões desse tipo exigem planejamento adequado para garantir a segurança e o bom andamento do evento e lamentou novamente que o Cruzeiro seja prejudicado dessa forma numa reta final de campeonato, tendo que jogar em seu estádio sem os torcedores.

“O Cruzeiro se sente muito prejudicado, primeiro porque historicamente com a sua torcida somos um time muito mais forte, a possibilidade de vitória aumenta muito, tudo que é feito aqui pelo Pedro Lourenço é determinado para torcida. Tudo que fazemos é para o torcedor, a revolta de jogar hoje sem o torcedor é muito grande, e transmitimos isso para todos os órgãos de maneira enfática e firme. Infelizmente, chegou tardiamente essa decisão.”

A Polícia Militar somente nesta quarta-feira sinalizou que seria possível contar com a presença de torcidas no Mineirão. Apesar disso, a CBF manteve a decisão de realizar a partida com portões fechados. Na manhã do mesmo dia, a PM convocou uma coletiva de imprensa para detalhar como foi feita a recomendação e esclarecer sua posição sobre o caso.

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