Morre Luís Fernando Veríssimo, mestre da crônica que imortalizou frase sobre o Flamengo | OneFootball

Morreu neste sábado, 30 de agosto de 2025, aos 88 anos, o escritor e cronista Luís Fernando Veríssimo, um dos maiores nomes da crônica brasileira. Filho de Érico Veríssimo, ele construiu obra própria como humorista, contista e observador arguto do cotidiano, transitando com naturalidade entre literatura e futebol.

Veríssimo era torcedor declarado do Internacional, clube que frequentemente aparecia em suas colunas. Ainda assim, seu olhar para o futebol extrapolava a paixão clubística: tratava o jogo como espelho do país, tema que atravessa livros como A eterna privação do zagueiro absoluto e Time dos sonhos.

O Flamengo no olhar de um colorado

Mesmo colorado, Veríssimo reconheceu o protagonismo do Flamengo na era recente. Em entrevista concedida a Roberto Dias para a Folha de S.Paulo (2020), cunhou a sentença que virou bordão entre rubro-negros:

A frase, recuperada e contextualizada pelo MundoBola neste matéria, sintetiza com ironia o abismo competitivo daquele período — e ajuda a explicar por que Veríssimo é tão citado quando cultura e bola se encontram.

Legado

Do Analista de Bagé à “Velhinha de Taubaté”, Veríssimo criou personagens e imagens que ficaram no imaginário brasileiro. Sua escrita de humor fino, compassada pelo jazz que tanto amava, atravessou gerações e inspirou cronistas, jornalistas e leitores.

Despedida

Veríssimo estava internado em Porto Alegre desde 11 de agosto, com quadro de pneumonia. A morte ocorreu neste sábado. Autoridades e instituições lamentaram a perda, e a despedida pública em Porto Alegre foi anunciada ao longo do dia.