Morreu o último guerreiro do FC Porto. Até sempre Jorge Costa! | OneFootball

Faleceu mais do que um desportista. Perdemos um ícone. Uma fortaleza. Uma muralha. Uma essência que nunca se dobrou em campo. Jorge Costa foi o último dos lutadores. Um capitão com um C em maiúsculo que trouxe para o relvado todos os valores que o FC Porto representa: força, lealdade, sacrifício, coragem e um amor incondicional pela camisola.

Não se destacava por extravagâncias. Não era necessário. O seu olhar decidido, o peito cheio de orgulho e a determinação de quem compreendia a importância de cada momento — sempre. A cada jogo, a cada jogada e a cada grito no balneário, Jorge Costa personificava o espírito de um clube que aprendeu a vencer com sacrifício e a levantar-se perante os desafios. Era conhecido como “O Bicho”, e com toda a razão. Dentro de campo, parecia feito de aço. Um líder nato, que não precisava de muitas palavras para ser seguido. Juntamente com jogadores icónicos, foi uma peça fundamental da mística que construiu as grandes vitórias. Mas mesmo quando as luzes se apagavam, ele mantinha-se inabalável — porque nunca jogou para si, mas pelo emblema que levava ao peito. A sua partida não representa apenas a saída de um homem. É o adeus ao último bastião de uma era em que a entrega era total e a honra inegociável. Jorge Costa foi o último lutador. Aquele que entrava em campo como se se preparasse para uma batalha. Aquele que, até ao fim, nunca deixou de ser Porto.

O Dragão chora hoje. Mas chora de cabeça erguida, como ele gostaria. Porque a sua memória nunca se apagará. Porque o seu legado perdura. Porque, enquanto houver um adepto que pronuncie o seu nome com respeito, Jorge Costa viverá na alma dos portistas. Obrigado, Capitão. Até sempre, Guerreiro.