Na 13ª rodada da Serie A, Roma e Napoli fazem confronto direto pela liderança do certame

In partnership with

Calciopédia

·28 November 2025

Na 13ª rodada da Serie A, Roma e Napoli fazem confronto direto pela liderança do certame

A 13ª rodada da Serie A chega com um cardápio recheado, com um prato principal como protagonista e outros bons complementos. O duelo entre Roma e Napoli compõe o centro do menu: o Derby del Sole vale a liderança e chega com os giallorossi isolados no topo da tabela pela primeira vez em uma década, enquanto o atual campeão tenta reacender a chama da busca pelo penta.

Além disso, o fim de semana terá o confronto entre Milan e Lazio. Animado com a vitória no Derby della Madonnina, o vice-líder com desempenho dominante em jogos grandes recebe um adversário errático, mas historicamente incômodo e que venceu o último encontro em San Siro. Fechando o trio de duelos para se prestar mais atenção, a visita da Inter ao Pisa contrapõe realidades: o novato invicto há seis partidas tenta prolongar o sonho contra uma candidata ao título que precisa transformar o domínio exercido em alguns jogos em pontos e reagir após derrota no clássico.

Video OneFootball

Mas o roteiro não acaba nos holofotes. Há espaço para drama e urgência também no jogo entre Atalanta e Fiorentina, um confronto entre duas equipes que começaram o campeonato acumulando frustrações, longe do que se esperava, e que agora buscam reação imediata para não ver a temporada escapar antes do inverno – e, vale destacar, Raffaele Palladino, recém-chegado em Bérgamo, adoraria castigar a equipe da qual saiu de maneira atribulada, no verão de 2025. Confira, a seguir, a prévia dos principais jogos da rodada.

O jogão

Domingo, 30/11, 16h45

Roma x Napoli

Poucas vezes o Derby del Sole teve cenário tão luminoso. No Olímpico, a Roma, líder isolada da Serie A pela primeira vez em mais de uma década, recebe o Napoli, atual campeão e em busca do penta, num confronto que vale a ponta da tabela e promete balançar o topo da tabela. O encontro histórico ganha peso adicional não apenas pela rivalidade, mas pela rara coincidência estatística: é a primeira vez que giallorossi e partenopei se encaram com pelo menos 25 pontos cada antes da 15ª rodada – esse ineditismo é reflexo de um início de temporada em que ambos exibem competitividade e máxima ambição.

A Roma chega ao duelo com números que sustentam o salto ao topo. Com apenas seis gols sofridos após 12 rodadas – marca que só teve paralelo duas vezes nos últimos 50 anos, em 2003-04 e 2013-14 – a equipe de Gian Piero Gasperini se apoia numa solidez defensiva de magnitude poucas vezes vista na história romanista. Além disso, ainda que o ataque não seja dos mais produtivos, com apenas 15 gols em 12 partidas, o aproveitamento se mantém de elite: é só a segunda vez na era dos três pontos, de 1994 em diante, que uma equipe soma 27 pontos com menos de 16 gols marcados neste estágio do torneio. Fator-chave tem sido a objetividade: os giallorossi abriram o placar em oito dos seus nove triunfos e, como Sassuolo e Napoli, não deixaram escapar nenhum ponto quando saíram na frente nas pelejas.

Do outro lado, o campeão italiano tenta reequilibrar a bússola. O Napoli passou ileso em 10 dos últimos 11 confrontos de Serie A contra a Roma, com seis vitórias, exceção feita à derrota de dezembro de 2023 – noite de Lukaku, hoje ironicamente lesionado no elenco partenopeo. Os embates recentes no Olímpico, porém, têm outras nuances: os giallorossi não perderam nas derradeiras duas visitas dos azzurri, mas o histórico mais largo mostra vantagem visitante, com apenas duas quedas em nove partidas na capital. Dito isso, o momento dos campanos longe de casa é oscilante, com sucesso apenas sobre o Lecce, considerando as quatro viagens ocorridas do fim de setembro até aqui pelo campeonato. Inclusive, o time só marcou dois gols nesses duelos, e ambos em jogadas de bola parada.

Prováveis escalações

Roma: Svilar; Çelik, Mancini, Ndicka; Rensch, El Aynaoui, Cristante, Wesley; Soulé Dybala; Baldanzi.

Napoli: Milinkovic-Savic; Beukema, Rrahmani, Buongiorno; Di Lorenzo, Lobotka, McTominay, Olivera; David Neres, Højlund, Lang.

Fique de olho

Sábado, 29/11, 16h45

Milan x Lazio

No San Siro, o segundo colocado Milan recebe a Lazio, oitava, num duelo entre times em momentos de afirmação. Curiosamente, é justamente contra os biancocelesti que o Milan mais empatou na Serie A – 60 vezes em 164 jogos – porém, só um dos últimos 13 confrontos terminou igualado, no primeiro turno da temporada passada.

A Lazio venceu o duelo mais recente entre ambos na liga – 2 a 1 no Giuseppe Meazza, em março – e tenta algo que não alcança há mais de uma década: dois triunfos consecutivos sobre o Milan, feito que não ocorre desde 2012. Um novo sucesso também marcaria a primeira sequência de vitórias laziale como visitante contra os rossoneri na história da competição. Só que há um belo porém. A equipe capitolina só marcou em uma das últimas seis partidas fora de casa, está há três viagens sem balançar a rede e pode atingir uma sequência negativa de pelejas em branco longe de seus domínios, que não se vê desde 2012.

No lado milanista, o momento sugere um time que brilha mais quando desafiado por rivais situados no alto da tabela. São 16 pontos em seis jogos contra adversários atualmente situados nas 10 primeiras posições – melhor desempenho do campeonato, com média de 2,7 por jogo. A solidez defensiva da equipe de Massimiliano Allegri também é notável: foram seis clean sheets em 12 rodadas, número que não aparecia desde 2008-09, e existe a chance de alcançar pela primeira vez desde 2006-07 a marca de sete em 13 jogos. No ataque, o nome é claro: Pulisic, participante de 18 gols no ano (11 marcados e sete assistências). O norte-americano é líder do quesito no recorte de 2025 na Serie A, ao lado de Orsolini e Retegui, e vive o melhor ano de sua carreira.

Se o duelo coloca Pulisic no centro do palco, ele também joga luzes na baliza. Provedel e Maignan figuram entre os três goleiros que mais evitam gols no campeonato, considerando a métrica xG, de tentos esperados: o biancoceleste deveria ter levado 15,2 e sofreu apenas nove; já o rossonero sofreu a mesma quantidade, mas com expectativa de 13,2.

Após vitória no dérbi contra a Inter, o Milan mira a liderança em confronto caseiro com a Lazio (Getty)

Domingo, 30/11, 11h

Pisa x Inter

Na Arena Garibaldi, a 13ª rodada entrega um duelo que, no papel, carrega favoritismo claro, e envolve times de objetivos opostos. O Pisa, 16º colocado, ainda espreita a zona de rebaixamento, porém chega com um crédito que poucos caçulas conseguem sustentar: seis jogos de invencibilidade na Serie A, sequência que só encontra paralelo na história toscana entre 1985 e 1986. Empatar virou arte dos comandados de Alberto Gilardino: são cinco igualdades neste momento positivo e um total de sete nas 12 primeiras partidas, número que apenas a Atalanta de 2004-05 havia atingido entre as recém-promovidas na era dos três pontos. E pode-se ir ainda mais longe: desde a Lazio, em 1988-89, nenhuma equipe proveniente da segundona passou das sete paridades antes da 13ª jornada.

Do outro lado está a Inter, quarta colocada e a apenas três pontos da liderança, que caminha com urgência de candidata ao título enquanto tenta se recuperar das derrotas da semana (para Milan e Atlético de Madrid) ao passo que busca evitar tropeços contra adversários da metade inferior da tabela – inclusive, sofreu apenas dois gols de times dessa parte em todo o campeonato. Mas se o encaixe defensivo sugere autoridade, alguns sinais pedem atenção: os nerazzurri já perderam quatro vezes em 12 rodadas, algo não visto desde 2022-23, ano em que terminou na terceira posição. Além disso, Lautaro, às vésperas das 250 aparições na liga, não marcou nas suas últimas quatro partidas contra times situados nas cinco últimas colocações, e isso depois de ter anotado 11 gols sobre rivais do gênero nas 12 anteriores.

O confronto também repousa sobre um histórico pesado. A Inter venceu os últimos cinco jogos de Serie A contra o Pisa, sendo o mais recente no distante 1991, último dos toscanos na elite até 2025. Os lombardos levaram a melhor nas duas derradeiras visitas, mas os pisanos até resistiram num passado mais longínquo – duas vitórias e três empates nos primeiros encontros em casa. Mesmo assim, o território vizinho à famosa torre inclinada não costuma se entregar sem luta: entre os rivais enfrentados cinco vezes ou mais no seu estádio, o time da casa só tem número menor de derrotas, em termos percentuais, para o Torino (14%), vendo a Beneamata e o Napoli na sequência, com 29%.