No Grêmio, Mano alerta para jogadores distantes do futebol e tenta contornar situação no vestiário | OneFootball

O técnico do Grêmio, Mano Menezes, ligou um alerta para as mudanças de relação entre jogadores no cenário atual do futebol brasileiro. Segundo o treinador, em entrevista ao site Globo Esporte, o avanço das tecnologias e o uso constante do celular provocaram um distanciamento dos atletas em relação ao futebol dentro do vestiário.

“O que mais me preocupa no jogador de hoje em relação a isso (redes sociais) é que ele está muito distante do futebol. Ele ficou mais distante do futebol. Ele fala menos de futebol”, observou Mano ao comentar o comportamento dos jogadores mais jovens, que, de acordo com o treinador, conversam menos e compartilham poucas experiências sobre o dia a dia da profissão.

Mesmo sem adotar uma postura de proibição em relação ao uso dos celulares no vestiário, Mano Menezes considera que as redes sociais aumentaram os desafios para a rotina dos clubes.

“A rede social mudou a vida de todo mundo e cria polêmica com tudo. Você já tem problemas a mais para resolver que aparecem dessa relação, dessa exposição que acontece para todos nós. Para os jogadores não é diferente”, destacou.

No Grêmio, o treinador tem buscado alternativas para incentivar a retomada da conversa sobre futebol e estimular um ambiente mais próximo entre os atletas.

“A gente tem incentivado muito os nossos para voltarem a falar, para sentar, para falar sobre a coisa que é mais importante na nossa vida”, afirmou Mano.

Mano Menezes avalia que jogadores conversam menos

O técnico também comparou o comportamento atual com épocas anteriores, relembrando a importância dos jogadores discutirem jogadas e estratégias entre si.

“O jogador combinava jogada com o outro jogador, o jogador combinava comportamentos com o outro jogador. Hoje isso tudo ficou mais distante, mais escasso. Então a relação também ficou mais superficial. A intimidade que se tinha antes já não consegue se ter tanta. E é uma intimidade necessária para o futebol. Acho que a gente tem que trabalhar para recuperar isso”, avaliou.