O desabafo de Abel Braga ao explicar derrota do Inter para o São Paulo | OneFootball

O Internacional vive um dos momentos mais dramáticos de sua história recente. A derrota por 3 a 0 para o São Paulo, na Vila Belmiro, empurrou o Colorado ainda mais para o abismo da Série B e deixou o time completamente dependente de um verdadeiro milagre nas últimas rodadas. A atuação foi fraca, emocionalmente abalada e sem poder de reação — exatamente o cenário que Abel Braga tentou estancar em sua reestreia, mas não conseguiu.

O jogo foi praticamente um resumo da temporada colorada. O São Paulo abriu o placar cedo, aos 21 minutos, com Sabino, após uma falta reclamada por Abel. O Inter não conseguiu reagir, acumulou erros e ainda tomou mais dois gols — o segundo aos 45+3, com Maik, e o terceiro logo no início da etapa final, com Luciano. Entre finalizações bloqueadas, erros defensivos, faltas desnecessárias e uma sucessão de escanteios cedidos, o Colorado mostrou pouca organização, pouca força coletiva e um abatimento nítido em campo.

Na coletiva, Abel Braga tentou explicar o que viu. O treinador não fugiu do termo que melhor descreve o momento: “constrangedor”. Para ele, o time já estava emocionalmente fragilizado e o primeiro gol — originado de uma falta que ele acredita não ter existido — abalou de vez o elenco.

“É uma situação bem constrangedora. Não tô justificando derrota. O lance do primeiro gol foi uma falta que não foi e você toma o gol. Já estávamos sendo superados e isso mata o anímico do time”, disse o treinador.

Abel também descartou que a derrota tenha sido fruto de um problema de esquema tático: “Não acho que perdemos pela tática. Foram vários detalhes. Quando vem o primeiro gol, a gente pede para que o time não se desespere. Conversamos no intervalo, explicamos, mas tomamos um gol cedo de novo”.

O Colorado agora chega à última rodada completamente pressionado, precisando vencer e torcer por combinações improváveis. A chance de rebaixamento, antes um temor, tornou-se uma ameaça concreta e presente. A crise é técnica, emocional e institucional — e Abel, mesmo com sua história no clube, parece ter encontrado um elenco despedaçado, sem confiança e sem tempo para reagir.