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·26 Agustus 2025

O Flamengo nos lembrou que a realidade pode ser mais bonita que o sonho

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Uma parte importante da teoria de Platão, o filósofo e possivelmente marombeiro grego que viveu entre ali pelos anos 400 a.C era o idealismo. Pra ele existia uma distinção entre um mundo ideal, de formas e conceitos puros e perfeitos, impossível de ser experimentado ou testemunhado na prática, e um mundo sensível, que seria o nosso mundo real e prático, onde teríamos contato apenas com versões pálidas e menores desse mundo ideal.

Ou seja, para Platão o ser humano, através dos seus sentidos, jamais seria capaz de experimentar ou testemunhar a perfeição. Que noite terrível então teria vivido o pensador grego, que situação lamentável do tipo “ser obrigado a comer a própria toga com pão no meio da Força Jovem” teria passado o ateniense ao ver o Flamengo de Filipe Luís, em plena segunda-feira, realizar, diante do Vitória, pelo Campeonato Brasileiro, o que só pode ser descrito como a forma mais pura e perfeita de futebol que já existiu.


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Porque é até complicado saber por onde começar a falar da maior goleada já aplicada por qualquer equipe na história do Brasileirão de pontos corridos.

Vamos falar sobre Pedro, o anjo pornográfico da Gávea? O homem que marcou 3 gols, com direito a cavadinha e elástico, superando integrantes da família Bórgia em termos de pessoas profundamente envolvidas com religião mas que, em público, praticavam gigantescas putarias? Maior artilheiro do novo Maracanã, um dos maiores artilheiros da história do Flamengo, o Queixada vem provando que rezar funciona, a gente que não anda rezando direito.

Ou vamos falar de Samuel Lino, o homem que sempre esteve lá? Afinal, teve jogador que sentiu o peso do manto, teve atleta que precisou de meses pra se adaptar ao clube, mas Samu basicamente desceu do avião, trocou de roupa e entrou em campo como se seu parto tivesse sido realizado numa manjedoura dentro do CT. E na noite desta segunda ele não apenas desencantou com dois gols como deu assistência, deu passe e distribuiu canetas como se fosse uma secretaria de educação de cidade pequena.

Ainda existe algo a ser dito sobre Arrascaeta além “meu primogênito vai se chamar Giorgian”? Saul e Jorginho merecem algum comentário ou já chegamos no ponto em que apenas os mais poderosos funks podem mencionar esses dois nomes? E o setor defensivo dessa equipe rubro-negra, oferecendo níveis de proteção superiores a qualquer método contraceptivo conhecido pelo ser humano?

E tudo isso sob o comando de Filipe Luís, um técnico que ainda tem muito a aprender, mas que mesmo no começo da sua jornada já deixa claro que é um dos melhores que nós vimos no banco rubro-negro, não só pela qualidade do futebol oferecido, mas também pela compreensão do que se espera e deseja de uma equipe de vermelho e preto.

Então sim, o que vivemos nesta segunda-feira com certeza não vai se repetir em toda rodada e muito provavelmente não vai acontecer com a frequencia que a gente gostaria. Mas isso não muda o fato de que, por uma noite, o Flamengo com que a gente sempre sonhou, aquele que talvez pudesse existir apenas na nossa cabeça, se mostrou real, tangível, e sapecou um 8x0 que com certeza, não vai ser esquecido tão cedo. Ou, como diriam os gregos, “chupa, Platão, aqui é Flamengo”. E aqui é Flamengo demais.

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