Esporte News Mundo
·8 Juli 2025
Opinião: Antes pioneiro, São Paulo vira exemplo de como NÃO vender jogadores da base

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·8 Juli 2025
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O meio-campista Matheus Alves, do São Paulo, embarcou na última sexta-feira rumo à Rússia, para acertar com o CSKA. Depois de entrar em campo apenas 12 vezes pelo clube, o jogador de 20 anos oriundo das categorias de base, deixou o clube paulista rendendo apenas 6 milhões de euros (aproximadamente R$38,4 milhões) aos cofres tricolores.
Recentemente, o Tricolor também emprestou o lateral-direito Moreira ao Porto, de Portugal, com opção de compra de 2,6 milhões de euros (cerca de R$16,6 milhões). O atleta entrou 27 vezes em campo pelo clube paulista.
Além da venda do atacante William Gomes para os portugueses, que disputou apenas 17 jogos pelo clube paulista, pelo valor de 10 milhões de euros (aproximadamente R$63,9 milhões), e do lateral-direito Angelo, de 16 anos, que ainda nem estreou no profissional, por 5 milhões de euros (R$32,3 milhões) ao Strasbourg, da França e manteve 12,5% dos direitos econômicos do atleta.
Os valores acima, pelo menos para a torcida tricolor, são considerados baixos. E a insatisfação vai além, pelo fato de que os atletas nem sequer renderam, esportivamente falando, pela equipe profissional. Segundo relatou Carlos Belmonte, diretor do clube paulista, ao GE em 2023: “Quem comprou barato do São Paulo, comprou”, mas não é bem o que vemos.
Em anos passados, o São Paulo chegou a ocupar o posto de venda mais cara da história do futebol brasileiro por duas vezes: em 1997, quando Denílson foi vendido ao Real Betis por 32 milhões de dólares, e em 2012, quando Lucas Moura acertou sua transferência ao PSG por R$108,3 milhões.
A única negociação relativamente considerada como boa pela torcida do São Paulo, na gestão Júlio Casares, é a do zagueiro Lucas Beraldo, vendido em dezembro de 2023, por 20 milhões de euros (R$107 milhões). Na época, foram os maiores valores pagos por um defensor na história do futebol brasileiro, porém, ainda há ressalvas.
Beraldo foi fundamental durante aquele ano para a conquista da Copa do Brasil, e disputou 49 jogos. Esportivamente, o atleta rendeu ao Tricolor, assim como financeiramente. Mas a efeito de comparação, o defensor Vitor Reis, do Palmeiras, disputou apenas 22 partidas pelo rival, não conquistou nenhum título e foi negociado com o Manchester City por 35 milhões de euros (cerca de R$219 milhões).
Outro exemplo, é a venda de Gabriel Carvalho, do Inter, negociado em dezembro de 2024 com o Al Qadisiyah, da Árabia Saudita. Os valores giram em torno de 22 milhões de dólares (R$136,3 milhões). O meia disputou apenas 30 partidas com o Colorado e foi campeão gaúcho. Apesar do título, não atuou na campanha.
E aí ficou o questionamento da torcida tricolor, será que a venda do zagueiro do São Paulo foi tão boa assim?
Confira o levantamento feito pelo portal Trivela, das vendas dos jogadores revelados por Cotia na Gestão Casares:
Brenner – FC Cincinnati – 11,8 mi euros
Helinho – RB Bragantino – 4 mi de euros
Paulinho Bóia – Metalist – 1,6 mi de euros
Gabriel Sara – Norwich City – 10,5 mi de euros
Jonas Toró – Panathinaikos – sem compensação financeira
Lucas Perri – Botafogo – 350 mil euros
Marquinhos – Arsenal – 3,5 mi de euros
Igor Gomes – Atlético – Manteve 10% dos direitos do atleta
Luizão – West Ham – Manteve 15% dos direitos do atleta
Newerton – Shakhtar – 3,6 mi de euros
Lucas Beraldo – PSG – 20 mi de euros
Talles Costa – Polissya – 1 mi de euros
Nathan – RB Bragantino – 1 mi de euros
Talles Wander – AVS – valores não revelados
Diego Costa – Krasnodar – 7,5 mi de euros
2025
Rodrigo Nestor – Bahia – 1,5 mi de euros (4,7 milhões se o Bahia comprar)
Moreira – Porto – empréstimo com opção de compra de 2,6 mi de euros
William Gomes – Porto – 10 mi de euros
Matheus Alves – CSKA – 6 mi de euros