“Pablo Rosario? Um talento natu­ral, ele­gante, muito calmo sob pressão” | OneFootball

Pablo Rosario chegou ao FC Porto durante este defeso e já deixou sinais promissores ao entrar do banco no Clássico com o Sporting, jogo correspondente à quarta jornada da I Liga.

Em declarações ao jornal O Jogo, Jack de Gier – um dos treinadores que o orientou no Almere City, enquanto o clube competia na segunda divisão dos Países Baixos – falou sobre o médio a partir da experiência de quem o identificou precocemente no futebol.

“Conheci-o muito jovem e já se via o poten­cial, feito de uma grande pre­sença no campo, tanto no aspeto téc­nico como físico. Isso distanciava-o, e a sua pro­e­mi­nên­cia rapi­da­mente cres­ceu pela forma como com­bi­nava inte­li­gên­cia, dis­ci­plina e qua­li­dade“, começou por dizer o antigo treinador do médio.

“Pablo é um talento natu­ral, ele­gante com bola, muito calmo sob pressão e sem­pre muito des­perto em rela­ção ao que o jogo reserva perto da sua juris­dição. Nada teve de sur­pre­en­dente e foi lá que construiu e dei­xou as fun­di­ções de uma grande car­reira”, continuou.

“Agora, com 28 anos, acres­cen­tou imensa matu­ridade ao jogo, con­sis­tên­cia e lide­rança. Desen­vol­veu-se num médio com­pleto que ajuda a balan­çar a equipa nas fases defen­si­vas e ofen­si­vas, jogando com real autoridade”, analisou Jack de Gier.

“O mais admi­rá­vel é a humil­dade e ética de tra­ba­lho. É res­pei­ta­dor, escuta tudo e está sem­pre sedento por fazer melhor. Uma coisa inte­res­sante vem dessa capa­ci­dade de adap­tar-se a con­tex­tos dife­ren­tes. Coloquei-o num jogo con­tra o Ajax como defesa cen­tral, dei-lhe maior res­pon­sa­bi­li­dade e abra­çou as fun­ci­ões sem hesi­tar. É uma men­ta­li­dade que o car­rega para a frente”, concluiu.

O médio estreou-se pelos dragões precisamente num Clássico com o Sporting, ao entrar para o lugar de Rodrigo Mora com o propósito de reforçar o caráter físico do meio-campo do FC Porto.

Rosario não esconde que “ninguém consegue recusar o FC Porto”

Pouco depois de assinar pelo clube da Invicta, Pablo Rosario explicou como Francesco Farioli o convenceu a aceitar o projeto dos dragões.

“O FC Porto é um ótimo clube, com mentalidade vencedora, por isso estou muito feliz por estar aqui. Também gosto desta mentalidade, não gosto de perder, seja em jogo, treino ou até na moeda ao ar… Espero, então, trazer esta mentalidade para a equipa. Somos ambiciosos, queremos trabalhar juntos e desenvolver-nos diariamente. Estou aqui para isso”, começou por dizer Pablo Rosario.

“As primeiras impressões são incríveis. Eu e a minha família fomos muito bem recebidos”, prosseguiu, recordando o treinador italiano Francesco Farioli, com quem colaborou no Nice, e o antigo colega de balneário no PSV Eindhoven, Luuk de Jong.

“Com o Francesco Farioli estive mais recentemente no Nice, mas o Luuk de Jong já não via há bastante tempo. O futebol passa rápido e foi bom chegar, vê-lo e falar com ele. Ele vai guiar-me nestes primeiros tempos e talvez possa mostrar-me algumas coisas aqui no Porto”, acrescentou, referindo a troca de impressões com o técnico.

“Falou-me sobre a equipa e explicou-me a sua ideia de jogo e o que temos de alcançar enquanto grupo. Sinto-me bem, foi o meu primeiro treino e a primeira conversa, os procedimentos formais que normalmente acontecem. É muito ambicioso e trabalhador. Ele sabe o que quer e pode trazer a ideia de jogo para o grupo, por isso estou muito animado por ser treinado por ele novamente. Estou aqui para ajudar a equipa e mostrar as minhas qualidades”, afirmou.

“Ninguém consegue recusar o FC Porto, com todo o respeito para com as outras equipas. A história, os adeptos, o Estádio, a cidade, é tudo um só. Foi uma escolha muito fácil de fazer. O FC Porto é um ótimo clube com mentalidade vencedora, por isso estou muito feliz por estar aqui. Eu também gosto desta mentalidade, não gosto de perder, seja em jogo, treino ou até na moeda ao ar. Espero, então, trazer esta mentalidade para a equipa. Somos ambiciosos, queremos trabalhar juntos e desenvolver-nos diariamente”, concluiu o novo camisola 13 dos dragões.

Recorde-se que o médio, ex-Nice, custou cerca de 3,75 milhões de euros, mais uma componente variável até 500 mil euros ligada ao cumprimento de objetivos, sendo que o clube francês ficou com 15% de uma eventual mais-valia futura.