Presidente da Câmara de Milão avisa: «Inter e AC Milan podem deixar a cidade» | OneFootball

O presidente e CEO do Internazionale, Giuseppe Marotta, em declarações à DAZN Italia antes da partida com o Sassuolo para a Serie A, ameaçou que o clube que dirige e o  AC Milan podem deixar Milão. O Presidente da Câmara da cidade afirmou, esta segunda-feira, que a possibilidade «é bem real».

Em causa está o estado decrépito em que se encontra o Estádio Giuseppe Meazza, terreno icónico de ambos os clubes. As duas equipas têm insistido na construção de um novo estádio, contudo, têm enfrentado resistência por parte dos poderes políticos locais. Esta conjuntura pode forçar os gigantes de Milão a construir o estádio noutra localidade.

«O futebol em Milão têm sido posto de parte, não cumprimos o critério para organizar a final da Liga dos Campeões, nem temos um estádio recomendado para o Euro 2032. O Inter e o AC Milan são dois grandes clubes e precisam de um novo estádio. Se a situação não se resolver, teremos de ir para outro sítio», declarou Giusseppe Marotta, CEO do Inter.

No entanto, o dirigente italiano mantém-se otimista e garante estar satisfeito com o trabalho de Giuseppe Sala, Presidente da Câmara de Milão.

Já o autarca milanês afirmou, numa cerimónia de abertura de um monumento e com vista ao voto municipal que aprovará ou não a venda do San Siro a Inter e AC Milan, que não considera as declarações uma ameaça, mas alega que «é bastante possível que as equipas deixem Milão». Sala revelou que está de consciência tranquila e que fez de tudo o que era possível para manter os clubes na cidade.

«Estou exausto no que toca a esta questão, mas mantenho a minha consciência limpa porque impus toda a minha competência e determinação», garantiu o autarca, que reforçou ainda a sua posição favorável à construção de um novo estádio.

O político acredita que se trata de uma decisão muito importante que poderá afetar o futuro da cidade e que deve ser analisada pelas consequências a longo prazo.

Neste momento, o problema prende-se com questões contratuais, no entanto, Sala acredita que o acordo entre os clubes e autarquia é bom, no papel e na prática.

«Cabe aos membros do Conselho Municipal explicar aos cidadãos porque votaram 'sim' ou 'não'», rematou.