
Gazeta Esportiva.com
·14 Juli 2025
Presidente do Santos diz que só vai demolir Vila Belmiro quando arrecadar R$ 600 milhões

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·14 Juli 2025
Nesta segunda-feira, em audiência pública realizada no salão de mármore do Santos para discutir o impacto das obras na Vila Belmiro, o presidente do clube, Marcelo Teixeira, afirmou que a demolição do estádio só acontecerá quando o valor de R$ 600 milhões estiver totalmente arrecadado. O evento contou com representantes do Santos, da construtora WTorre e da Prefeitura, além de moradores e torcedores interessados no projeto.
“Hoje demos mais um passo importante no projeto entre Santos e WTorre para a construção da nova arena. Junto com os representantes da construtora, apresentamos e esclarecemos os detalhes do projeto para a população local, que será beneficiada e impactada positivamente. Temos plena confiança de que a nova Vila Belmiro é o melhor para o futuro do clube”, comentou o presidente do Santos.
Segundo ele, a previsão é arrecadar todo o valor antes de iniciar qualquer demolição.
“Hoje o valor estimado é de R$ 600 milhões. Nós queremos assegurar a obra para não ter nenhum tipo de dificuldade para estar com o estádio de pé”, afirmou.
Todo o recurso para a obra virá do próprio Santos, por meio da comercialização de cadeiras e camarotes na nova Vila Belmiro, em parceria com a construtora WTorre, que também ajudará na venda desses espaços.
“O Santos não quebrará um tijolo sequer da Vila Belmiro apenas com o seguro, que é obrigatório. Só faremos quando atingir o valor total da obra. Quando alcançarmos isso, o Santos terá segurança”, ressaltou Marcelo Teixeira.
Segundo projeções do clube e da WTorre, a venda de cerca de seis mil assentos — entre cadeiras e camarotes — deve ser suficiente para arrecadar os R$ 600 milhões necessários para a obra. Essa estimativa já leva em conta a inflação, e a expectativa é de que o custo final possa até ser menor.
“O Santos não quer risco. O concreto aumentou? A previsão do concreto do período de construção está no nível elevado para que, se não precisar de R$ 600 milhões, alcançar R$ 500 milhões. Fizemos isso justamente para depois não dizer que colocaríamos um valor maior”, concluiu.
O contrato entre o Santos e a WTorre está em fase final de ajustes e deve ser formalizado nos próximos 60 dias. A partir daí, terá início a comercialização das cadeiras, etapa fundamental para arrecadar os recursos necessários à reforma da Vila Belmiro. Em um cenário considerado otimista, a expectativa de clube e construtora é dar início às obras ainda em 2025.
Segundo o novo Memorando de Intenções, a parceria entre as partes terá validade de 30 anos. Durante esse período, Santos e WTorre farão uma gestão conjunta do estádio, com divisão pré-definida das receitas geradas por jogos e outros eventos. A estimativa para o investimento total na modernização gira em torno de R$ 700 milhões.
As negociações para viabilizar o novo estádio alvinegro começaram ainda em 2020, na gestão de José Carlos Peres. As conversas, porém, ganharam mais força na reta final do mandato de Andres Rueda, em 2023. Na época, criou-se a expectativa de que as obras começassem ainda em 2024.
Marcelo Teixeira assumiu em janeiro deste ano e, desde então, realizou diversas alterações no projeto. Assim, a construção ainda não saiu do papel. Neste período, aliás, ele chegou a prometer o início de vendas de cadeiras e camarotes mais de uma vez, porém não cumpriu.
Além da nova Vila, o Santos também está caminhando para uma mudança de centro de treinamento. O da base e feminino foi reformado, com a ajuda da NR Sports, empresa do pai de Neymar. Já o profissional deve sair do CT Rei Pelé e ir para Praia Grande.
O CT Vila Praia Grande tem um prazo de entrega de aproximadamente um ano, sem nenhum custo para o Santos.