Ramón Díaz volta a ser acusado de machismo no futebol brasileiro | OneFootball

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Durante a coletiva de imprensa depois do empate por 2 a 2 do Internacional com o Bahia, o técnico Ramón Díaz se envolveu novamente em uma polêmica após dar declarações machistas.

Ao falar sobre o desempenho da equipe e contestar a arbitragem, o treinador argentino afirmou: “Tenhamos muito cuidado, que o clube tenha muito cuidado com os árbitros. Com o que aconteceu hoje. E já passou uma partida em que Romero fez o gol e também o anularam. Que tenham muito cuidado. Isso temos que ter muito cuidado. Eu vou falar com o presidente. Não pode ser que, em um clube tão importante, que passe isso, o que aconteceu hoje. Porque foi incrível.”

Ele completou dizendo “O futebol é para homens, não é para meninas, é para homens”, frase que imediatamente gerou uma repercussão negativa e foi altamente criticada nas redes sociais.

O comentário, feito em tom de desabafo, só reforçou estereótipos de gênero e acabou diminuindo a análise esportiva da partida.

Essa não é a primeira vez que Ramón Díaz se envolve em um episódio do tipo, o mesmo aconteceu quando o técnico comandava o Vasco, em 2024, onde também foi acusado de machismo ao questionar a presença de uma mulher na cabine do VAR, após uma derrota para o Red Bull Bragantino.

Na ocasião, ele afirmou que “era complicado que no VAR quem tivesse que decidir fosse uma mulher”, comentário que causou indignação entre torcedores, jornalistas e as entidades de arbitragem, levando a notas de repúdio da Federação Paulista de Futebol e da Associação Brasileira de Árbitros.

Mesmo tendo se retratado na época, afirmando que suas palavras foram interpretadas de forma errônea, a repetição do episódio mostra que o técnico mantém comportamentos e discursos que desrespeitam o espaço das mulheres no futebol.

A fala recente deixa evidente como o machismo ainda está presente no ambiente esportivo, mesmo em um momento em que o futebol feminino vem sendo cada vez mais reconhecido e conquistando espaço.

Ramón Díaz só reforçou ideias ultrapassadas que já não cabem mais no cenário atual, quando poderia ter contribuído para o avanço e a inclusão no esporte.