Coluna do Fla
·6 Oktober 2025
“Raramente se manifesta”? Veja 3 reclamações recentes do Palmeiras contra a arbitragem

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·6 Oktober 2025
O torcedor que acompanha minimamente o futebol já viu, pelo menos uma vez na vida, o técnico Abel Ferreira dando chiliques no gramado ou em coletivas sobre a arbitragem. Além disso, a presidente do clube, Leila Pereira, também costuma reclamar do sistema. Mas nesta segunda (06), o time paulista teve a coragem de dizer que “raramente se manifesta”. Que tal lembrarmos de algumas?
Depois da ‘operação sem anestesia’ aplicada pelo árbitro Ramon Abatti Abel na vitória do Palmeiras sobre o São Paulo, o Flamengo e torcedores de outros clubes reclamaram de mais uma ajuda ao clube de Leila Pereira. Para se defender, o time verde disse que: “Cabe salientar que, mesmo quando se sente prejudicada, a diretoria do Palmeiras raramente se manifesta em público sobre o tema arbitragem”.
SETEMBRO DE 2022
Por ironia do destino, também em um Palmeiras x São Paulo, Leila Pereira se revoltou. A mandatária pediu punição exemplar aos árbitros do jogo, falou de “erros de fato” e bradou: “um crime”. “Todos os artifícios que poderíamos usar, usamos legalmente. Não podemos mais fazer nada. Espero a exclusão dos responsáveis deste erro grotesco”, disse.
JULHO DE 2023
Atualmente parceira e elogiosa a todas as decisões da CBF, Leila Pereira tinha outra postura em 2023. Em entrevista, a dirigente afirmou que estava “desanimada”, detonou a entidade e soltou ironias: “Erros absurdos têm causado prejuízo ao futebol brasileiro”.
AGOSTO DE 2024
Quando o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil para o Flamengo, Abel Ferreira, em mais um chilique, pegou nas partes íntimas para reclamar da arbitragem. Revoltada, Leila Pereira subiu o tom: “Eu não sei, foi por gesto obsceno? O que achei obsceno foi o árbitro com as ceras, paralisações, isso foi obsceno”.
E O ABEL FERREIRA?
Por questões de ‘falta de espaço’, o Coluna do Fla não fez texto divulgando as reclamações do técnico Abel Ferreira. Afinal, precisaria de ‘espaço infinito na internet’ para relatar todos os ‘choros’ do treinador, que trata mal juízes, imprensa e rivais com frequência.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras e criando narrativas que tentam macular o competente trabalho realizado pela nossa instituição. É demasiado cômodo creditar a uma decisão do árbitro – e somente a ela – uma virada épica, conquistada com o gosto do suor e três gols anotados em um intervalo de 19 minutos. Até porque também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião. Cabe salientar que, mesmo quando se sente prejudicada, a diretoria do Palmeiras raramente se manifesta em público sobre o tema arbitragem, pois respeita os fóruns de discussão adequados e, acima de tudo, não terceiriza sua responsabilidade nos momentos adversos. Essa postura, por sinal, ajuda a explicar o sucesso que temos obtido ao longo dos últimos anos: olhamos sempre para nós mesmos e trabalhamos sem buscar subterfúgios nem construir desculpas para as nossas derrotas. O Palmeiras, como se sabe, é amplamente favorável à profissionalização dos árbitros e defende mais investimentos em tecnologia e na formação da categoria, entre outras melhorias. O nosso compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro está acima de qualquer interesse individual. Por essa razão, aliás, o Palmeiras, entre os candidatos ao título da Série A, será o único clube a atuar durante a atual Data Fifa, mesmo com a equipe extremamente desfalcada em razão de atletas convocados para suas seleções. Compreendemos que o crescimento coletivo da nossa indústria exige renúncias, espírito de colaboração e o fim do egoísmo que, lamentavelmente, ainda norteia a conduta de dirigentes que ora apelam à gritaria, ora recorrem a acusações sem provas para justificar resultados negativos. Neste sentido, esperamos que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) seja enérgico com aqueles que, de forma irresponsável, lançam suspeitas indevidas sobre pessoas e instituições”.