Roberto Assaf: Bayern 4 a 2 no Flamengo. Placar modesto diante da previsão | OneFootball

Roberto Assaf: Bayern 4 a 2 no Flamengo. Placar modesto diante da previsão | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Jogada10

Jogada10

·30 Juni 2025

Roberto Assaf: Bayern 4 a 2 no Flamengo. Placar modesto diante da previsão

Gambar artikel:Roberto Assaf: Bayern 4 a 2 no Flamengo. Placar modesto diante da previsão

Bayern 4 x 2 Flamengo. O óbvio. Dezenas de erros diante de um poucos gigantes do planeta. O clube que ganharia tudo em 2025 comportou-se como o Ibis do Mundial da Fifa. Nada além da previsão. O Flamengo caiu, enfim, na realidade. O papo surrado de eterno favorito, repetido pela mídia e pela própria torcida, e a expectativa criada pela vitória sobre o Chelsea, levaram o clube, como um todo, a acreditar que seria possível, na avaliação (quase) geral, derrotar o Bayern e até conquistar o título mundial, o que acabou hoje, com a derrota que era – dentro da normalidade – evidente.

O Flamengo também não foi, digamos, muito bafejado pela sorte, ao ter que encarar, cedo demais, um dos raros monstros da Europa. É fato, porém, que mais cedo, ou mais tarde, isso ocorreria, e que a participação do Rubro-Negro na competição, como remédio, tinha prazo de validade. O que vem agora é uma quinzena sem atividade, até o retorno ao Brasileiro.


Video OneFootball


Nada vai mudar no Flamengo, por ora, mas a queda no Mundial, apesar das previsões que indicavam tal fracasso, acena para providências, em breve, no futebol do clube. Filipe Luis será questionado. Ele, que jogou anos na Europa, devia ter consciência do que vinha, mas é compreensível o silêncio que fez, pois não poderia desestimular os seus atletas. O problema é que a sua permanência no cargo não deve ser analisada apenas pelo desastre de Miami.

Gambar artikel:Roberto Assaf: Bayern 4 a 2 no Flamengo. Placar modesto diante da previsão

Flamengo não foi páreo para o Bayern. Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo

Flamengo entrou desligado

Vale lembrar, também, o que foi dito aqui após o lamentável empate com o Los Angeles, o papo da desmobilização, que não pode ocorrer em torneio de tiro curto. É obrigação estar focado o tempo inteiro. Fecha. O Flamengo, contra o adversário norte-americano, só pensava na Disneylândia. Depois, pode ir – o elenco todo – passear nas Bahamas. A Seleção Brasileira fez isso em 1970 e 1994. O desligamento dos primeiros minutos de hoje foi a continuação do 1 a 1 verificado na partida anterior.

E o pior: mais uma vez, como ficou claro quando a bola rolou, vestimos a carapuça do vira-lata. Não é à toa que fomos buscar um técnico italiano e tivemos a classificação para a Copa-2026 ameaçada, o que só não se confirmou porque Peru, Venezuela e o Chile – que não vê mais a cor da bola – habitam o nosso continente.

Na realidade, os europeus calcularam, no começo do torneio, que a tarefa seria mais simples, e enfrentaram brasileiros excessivamente dispostos, o que exigiu do comando de cada um deles, maior esforço e seriedade, o que os obrigou, da noite para o dia, a jogar mais futebol, e pôr em prática a distância econômica que há entre Europa e Brasil, que acaba entrando em campo, inclusive com os nossos próprios jogadores, e que impede o nosso protagonismo.

Na prática, há muita crítica – em todos os níveis – à tudo que envolve o Flamengo de hoje, mas ficou perigoso fazê-la. Melhor evitá-la. Um tombo desses com certeza deixará a bola de muita gente pequenininha.

A derrota para o Bayern

O Flamengo começou sofrendo uma pane proporcional à tal distância de orçamento. Fez um gol contra, Erick Pulgar, aos cinco minutos, 1 a 0, e levou outro, aos oito, em chute de fora da área: 2 a 0. O Bayern, com boa vantagem, e a impossibilidade de uma derrota, diminuiu o ritmo. O time carioca esboçou uma reação. Neuer fez uma defesa espetacular em finalização de Luiz Araújo. Digamos que os alemães concluíram que era fácil demais. E dormiram no ponto.

Aos 32, Gérson apanhou uma sobra e mandou uma pancada na direção do goleiro, que aceitou, algo proibido para um jogador desse nível. Incrível. Aos 37, Plata apanhou um contra-ataque, mas ninguém acompanhou… Do Bayern, voltaram seis. Sim, a equipe européia havia recuperado a atenção. Não vamos tecer qualquer comentário sobre Allan. Aos 41, Gortezka recebeu na intermediária e bateu sem apelação no canto esquerdo de Rossi: 3 a 1.

Mas ainda restava a humilhação total. Impressionava, mais que tudo, a posse de bola contínua do Bayern, que não oferecia espaço algum. Não seria exagero afirmar que o duelo estava decidido antes do intervalo. E ainda teríamos que suportar pelo menos 50 minutos.

Falamos aqui em sorte, e dessa vez ela coube ao Flamengo, que teve um pênalti a favor logo aos sete minutos. Arrascaeta cruzou e Olise meteu a mão na bola. Jorginho cobrou e diminuiu: 3 a 2. Aos 12, Bruno Henrique substituiu Arrascaeta. E o Bayern também mexeu duas vezes. Aos 27, Harry Kane recebeu na meia-lua e ampliou: 4 a 2.

As prestações

É de se imaginar o que vai na cabeça do cidadão que gastou o que não tem para ir aos Estados Unidos. Lembrou o famoso Perguntinha, da Copa de 1982, em Barcelona. Após a tragédia no Sarriá, ele pedia explicações a todos. O que faço agora?, dizia o pobre-diabo, passando a mão na cabeça. Pague todas as prestações, caso contrário seu nome irá para o SPC, era o que respondíamos.

A propósito: não há como torcer contra. Mas o lamentável empate com o Los Angeles – a desmobilização geral – só fez ampliar a previsão. Mas ninguém está orgulhoso – como disse o comentário da TV. Ninguém fica orgulhoso com derrota. Orgulho com derrota é papo de vira-lata. Mas que baixar a bola geral, isso vai. Como dito, no entanto, as críticas serão evitadas.

O Bayern, aliás, está entre os três favoritos. Real Madrid e Manchester City são os outros dois. Mas é bastante provável que o Bayern conquiste o título. Mesmo que tenha tomado dois gols do Flamengo. Bayern, pode esperar, a sua hora vai chegar.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: BlueskyThreads,  TwitterInstagram e Facebook.

Lihat jejak penerbit