Rodinei compara volta por cima de Wesley à dele e de Arão | OneFootball

Convocado pela seleção brasileira e titular do Flamengo, o lateral-direito Wesley vive a melhor fase da carreira em 2025. Nem parece que, há cerca de dois anos, o defensor sofria com a desconfiança da torcida.

O tempo passou, e Wesley viu uma transferência frustrada para a Atalanta-ITA se tornar um combustível rumo à recuperação. Crescendo cada vez mais, o jogador já vive a expectativa por jogar na Europa após o Mundial.

Quem já está lá é Rodinei, companheiro de posição de Wesley e destaque do Olympiacos-GRE. 'Rodi', porém, sofreu do mesmo veneno que o jovem: foi muito criticado antes de conseguir brilhar com o Manto.

"Sofri muito no Flamengo. Às vezes, o time tomava um gol do meio-campo, e os outros: 'O Rodinei tá em campo'. Era sempre culpa minha. A primeira vontade que dá quando você está mal e a torcida pega no pé é ir embora", disse ao "ge".

Assim como Wesley, Rodinei perseverou. A volta por cima acabou simbolicamente consumada no gol de pênalti contra o Corinthians, que selou a conquista da Copa do Brasil de 2022. Segundo ele, uma caminhada que lembra também Willian Arão.

"Eu ainda saí emprestado por um ano e meio. Depois, voltei e consegui dar a volta por cima. Wesley passou por muitos momentos difíceis e deu a volta por cima. E eu fico muito feliz, porque é como a minha trajetória, a trajetória do Arão", comparou.

E o lateral do Olympiacos ressaltou que essa é uma realidade de muitos jogadores no Brasil. Nem todos, entretanto, conseguem dar a volta por cima, e Wesley merece os parabéns por ter encarado a pressão.

"E de muitos jogadores no Brasil, não só no Flamengo, que já sofreram muito com essa perseguição. O Wesley passou por isso, mas sem dúvida está entre os melhores laterais do Brasil. Está jogando muito", elogiou.

Por fim, Rodinei garantiu que os momentos difíceis acabaram gerando um grande aprendizado, carregado por ele até hoje. Segundo o atleta, não há como comparar à pressão de um Maracanã lotado.

"É dar os parabéns pela resiliência. Joguei sete anos no Flamengo, sei que não é fácil. Cada porrada que levei ao longo desses anos foi aprendizado. Faz o cara ser mais forte. Hoje, se os torcedores estão me vaiando, na minha cabeça estão me aplaudindo. Porque minha orelha já queimou muito com 70 mil no Maraca", finalizou.

Dentro de campo — e muito provavelmente com Wesley titular —, o Flamengo tem compromisso marcado contra o Vasco, neste sábado (8), pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Carioca.

Na ida, o Rubro-Negro venceu por 1 a 0. Assim, pode perder por até um gol de diferença que garante a vaga na decisão. A bola rola no Maracanã a partir de 17h45 (horário de Brasília).